Cinema Chega aos cinemas “James Bond” e a nova missão do agente 007
Por Redação O Sul | 4 de novembro de 2015
Não se trata apenas de um título misterioso para um novo filme de James Bond, o 24 da contagem oficial. Estreando hoje nos cinemas de Porto Alegre, “007 Contra Spectre” traz de volta a principal organização criminosa do universo de Bond, fora de cena desde “007 – Os Diamantes São Eternos” (1971). Mas agora sua tarefa é mais difícil: provar o fôlego da franquia James Bond, após três bons filmes estrelados por Daniel Craig, um ator de 47 anos que a todo momento é questionado se não estaria velho demais para o papel do vigoroso agente secreto inglês.
Spectre é a sigla em inglês para Executiva Especial de Contra-Inteligência, Terrorismo, Vingança e Extorsão. Nos livros, seu objetivo foi fazer todas as maldades que o nome aponta, mais dominar o mundo. No filme, a organização mantém ativas relações políticas e corruptas com governos de vários cantos, um dos principais temas dos últimos longas-metragens de Bond. A Spectre já tentou, por exemplo, dar início a uma guerra mundial biológica; roubou bombas atômicas da Otan; deu sumiço a uma nave espacial americana; e até esteve no centro de uma disputa judicial fora das telas.
Vigilância.
A novidade, desta vez, é uma forte crítica a propostas de se vigiar a comunicação de qualquer civil, o que, como mostrou a NSA (Agência de Segurança Nacional dos EUA) há poucos anos, está longe de ser ficção. O escândalo ocorrido com a revelação de que a NSA espionava até presidentes ecoa o tempo todo em ‘‘Spectre’’.
“Bond é mitologia moderna. Vivemos nele, e ele vive por nós”, diz o austríaco Christoph Waltz, que estreia na série como o vilão Franz Oberhauser, da Spectre. “É extraordinário haver uma narrativa que dura mais de 50 anos.”
24 vezes James Bond.
O primeiro filme, “007 Contra o Satânico Dr. No”, foi lançado em 1962, com Sean Connery no papel principal. Dali em diante foram 23 longas feitos pela Eon Productions, empresa que detém os direitos de Bond para o cinema (há outros três filmes realizados por outras companhias). Além de Connery, o agente foi interpretado por George Lazenby, Roger Moore, Timothy Dalton, Pierce Brosnan e Daniel Craig.
“Daniel é um dos maiores Bonds que tivemos”, diz Michael G. Wilson, executivo da Eon e produtor dos filmes do 007 desde os anos 1980. “Ele sempre afirmou que daria tudo de si e conseguiu que o personagem se desenvolvesse a partir de seu primeiro trabalho, ‘Cassino Royale’, quando se torna 007 e ganha licença para matar.”
Outros velhos personagens do universo de 007 também aparecerão no novo filme. Estarão de volta a secretária Eve Moneypenny (Naomi Harris), o mestre de armas Q. (Ben Whishaw) e o diretor da agência de espionagem MI6, o sempre misterioso M. (Ralph Fiennes, que foi promovido ao posto depois da morte da M. de Judi Dench em “Skyfall”). Também haverá duas novas bondgirls: Léa Seydoux e Monica Bellucci.
A ação se alterna entre Inglaterra, México, Itália, Áustria e Marrocos. Para a estreia, fica a dúvida: o grande vilão e principal líder da Spectre, Ernst Stavro Blofeld, está ou não no filme? “Filmamos o Dia dos Mortos na Cidade do México. A cidade, a arquitetura, a luz, o som e as pessoas, tudo foi inacreditável”, conta Sam Mendes, diretor do longa. “Uma frase repetida nessa data é que ‘os mortos estão vivos’. E isso tem uma relação direta com nossa história. Mas não posso falar mais nada.” (AG)
