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Política Chegada de Ciro Nogueira à Casa Civil deve fazer com que militares percam espaço em cargos no governo

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Casa Civil quer permissão para pagar despesas fora do teto de gastos. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Além de diminuir a influência dos militares, a troca do general da reserva Luiz Eduardo Ramos pelo senador Ciro Nogueira (PP-PI) no comando da Casa Civil deve reduzir o número de integrantes das Forças Armadas que dá expediente no Palácio do Planalto. Na pasta, Ramos tinha, apenas na sua assessoria direta, nove colegas de Exército.

Ao menos parte desses postos já entrou na mira do novo ministro palaciano, que ocupará essas cadeiras com pessoas de sua confiança. Em um sinal de que haverá mudanças, Nogueira consultou o Senado e a Câmara sobre a cessão de servidores para o Executivo.

Com carta branca para escalar o próprio time e até mesmo buscar acomodação na estrutura federal para indicações parlamentares, Nogueira tem dito a interlocutores que vai avaliar o desempenho de cada um dos atuais integrantes da equipe que herdou para, só então, bater o martelo a respeito de substituições. Essa disposição de submetê-los a uma espécie de teste probatório já chegou ao conhecimento desses egressos das Forças Armadas, e gera incômodos.

Transferido para a Secretaria-Geral da Presidência, Ramos pretende abrigar ao menos alguns desses antigos auxiliares, embora não saiba quantos, já que o número de cadeiras é limitado. Até agora, o ministro levou para a nova pasta apenas o general Mário Fernandes, nomeado ontem como seu secretário-executivo. Fernandes, que era da Secretaria de Relações Externas da Casa Civil, já havia atuado como chefe da Assessoria Especial da Secretaria de Governo, à época em que Ramos era o titular.

Na Casa Civil, está lotado, por exemplo, o coronel Elcio Franco, ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde. Um dos principais alvos da CPI da Covid e número dois da pasta durante a gestão do ex-ministro Eduardo Pazuello, Franco foi abrigado por Ramos na Casa Civil. Coube a ele a missão de ajudar a organizar informações sobre o enfrentamento à pandemia, com o objetivo de preparar a defesa do governo na CPI em curso no Senado. Pelo papel considerado estratégico, a expectativa é que Franco seja um dos poucos a permanecer na equipe de Nogueira, já que o novo ministro vai assumir a articulação do Planalto na comissão.

Apenas na assessoria especial da Casa Civil, foram nomeados por Ramos sete militares, em oito cargos disponíveis. O assessor-chefe é o coronel Augusto Cesar Naylor, que recebe um salário de R$ 16.944, segundo o Portal da Transparência. Na Casa Civil ainda está o coronel Heldo Fernando de Souza, que foi o chefe de gabinete de Ramos na Secretaria de Governo. Souza recebe R$ 13.623 mensais.

Nogueira vai tomar posse na próxima quarta-feira, cercado da expectativa de parlamentares pela liberação de recursos para suas bases eleitorais, além de cargos. Até domingo, ele, que já despacha no quarto andar do Planalto, deve se dedicar a identificar as principais queixas de deputados e senadores e começar a redesenhar a sua equipe.

Número dois fica

O único nome certo até agora é o do secretário-executivo Jônathas de Castro, que foi mantido no cargo. Número dois de Ramos desde os tempos da Secretaria de Governo, ele é apontado como responsável por operar as negociações com o Centrão envolvendo a liberação de recursos e nomeações. No período, se aproximou de Nogueira e do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). As informações são do jornal O Globo.

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