Por Redação O Sul | 20 de março de 2017
Compradores chineses da carne produzida em Santa Catarina pediram explicações às indústrias do Estado, após irregularidades apontadas pela Operação Carne Fraca deflagrada na sexta-feira (17) pela Polícia Federal para combater a venda de carnes vencidas ou de má qualidade em empresas do brasileiras.
Uma unidade da empresa Peccin Agro Industrial de Jaraguá do Sul, no Norte de Santa Catarina, foi interditada na sexta na operação da Polícia Federal, e o proprietário foi preso.
Empresas chinesas pediram explicações para ao menos quatro indústrias que atuam no Estado, conforme os sindicatos das indústrias da carne de Santa Catarina. A associação catarinense de criadores de suínos teme a suspensão de contratos da Rússia e da China, os maiores compradores da produção catarinense. Os dois países representam cerca de 60% das 274 mil toneladas vendidas em 2016.
O governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo (PSD), convocou para esta segunda uma reunião de emergência com o setor de carnes. O encontro é voltado para os produtores e fiscais da indústria.
Embora algumas marcas investigadas pela operação tenham unidades no Oeste de Santa Catarina, estas sedes não foram alvo da ação da Polícia Federal. Ainda assim, entidades ligadas ao setor no Estado tentam minimizar os impactos econômicos, sobretudo nas exportações. (AG)
