Terça-feira, 13 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 6 de maio de 2024
A principal preocupação das equipes de socorro é aproveitar a trégua nas chuvas para resgatar vítimas que ficaram isoladas por conta dos alagamentos que atingiram 385 municípios de um total de 497 no Rio Grande do Sul. O número de mortes no Estado chegou a 85. Pelo menos 134 pessoas ainda estão desaparecidas.
O volume das águas diminuiu na maior parte das cidades do interior. Em Lajeado, foi possível observar os estragos provocados pela cheia do Taquari, que praticamente consumiu a rodovia Governador Leonel de Moura Brizola (BR-386), que liga Lajeado ao município de Estrela.
O Comando Militar do Sul (CMS) informou que a previsão meteorológica é de uma janela de bom tempo em maior parte do Estado até esta terça-feira (7), o que é considerado uma “boa notícia”.
Guaíba
O lago Guaíba chegou a atingir 5,33 metros no domingo (5), níveis recordes na história de Porto Alegre. A marca anterior era de 4,76 metros, ocorrida em 1941. A prefeitura emitiu alerta para inundações catastróficas na capital.
Donos de embarcações e motos aquáticas estão autorizados a auxiliar nas ações de resgate nas enchentes no Rio Grande do Sul. Segundo a Defesa Civil do estado, não há exigência de habilitação para conduzir esses meios de transporte.
A resolução veio diretamente do governo estadual, por meio do Gabinete de Crise, e visa ampliar a capacidade de ação das autoridades. A prioridade deve ser ajuda no resgate de vítimas e evacuação de áreas afetadas pela água e com acesso por terra impossibilitado.
Emendas
O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, anunciou em suas redes sociais nessa segunda-feira (6) que o governo federal vai liberar R$ 614 milhões em emendas para auxiliar na reconstrução do Rio Grande do Sul. “Esse é o compromisso do nosso governo com o povo gaúcho”, complementou o ministro.
O valor de R$ 614 milhões será liberado à área da saúde ainda hoje, conforme Pimenta. Ele acrescenta que, dessa verba, R$ 534 milhões correspondem a emendas parlamentares individuais dos congressistas do Rio Grande do Sul e R$ 80 milhões serão destinados à bancada da saúde.
“Teremos outros recursos liberados, nas próximas horas, em todas as áreas de atuação do governo federal no enfrentamento desse momento dramático que enfrenta o Rio Grande do Sul”, acrescentou.
Decreto
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou, nessa segunda (6), um decreto ao Congresso Nacional para dar celeridade no envio de recursos ao Rio Grande do Sul. O texto determina estado de calamidade pública no estado até 31 de dezembro de 2024. O anúncio foi feito ao lado dos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
A decretação de calamidade pública permite maior flexibilidade na aplicação de recursos financeiros, independentemente dos limites de gastos estabelecidos à União e dentro da Lei de Responsabilidade Fiscal.
Lula afirmou que o decreto é a primeira medida para acelerar a recuperação do Rio Grande do Sul. Disse ainda que o objetivo é facilitar, “dentro da lei”, a vida do povo gaúcho.
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