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Colunistas CÍCERO e os uniformes

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(Foto: Reprodução)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Fazemos de conta que não sabemos que existem, neste momento, em nosso país, um pouco mais do que doze milhões de desempregados, numa situação que medeia entre a angustia e a desesperança.

As vezes, há quem também aleguem desconhecer (e nem alega) os índices corrosivos, fruto de estatísticas imperiosas, mostrando que somos integrantes (que tristeza!) do TOP TEN da injustiça social. Isto é, mostra-nos, em quadro colorido, com a confiabilidade técnica do IBGE, a concentração de renda brasileira, desafiando-nos, com números mais do que preocupantes, que já deixaram, num caminho acidentado, o meramente injusto, cercados, como estão, pela desigualdade dolorosa, infelizmente inabalável; especialmente ante tentativas pueris incapazes de alterar um contesto que vem crescendo. E, pior, tende a crescer mais!

Por dados confiáveis, ficamos sabendo que menos de 3,5% )três e meio) da população detêm mais de 90% (noventa por cento) do PIB, num quadro desalentador, penalizando bem mais de 80 milhões de conterrâneos, aglomerados ou esparramados por – nem sempre bem aproveitados – oito milhões de quilômetros quadrados, nos quais, como alertava CAMINHA, o escrivão do Rei, “em se plantando, TUDO DA”.

E, por outra peculiaridade, o BRASIL são vários “brasis”. O Brasil da EMBRAER, concorrendo e, muitas vezes, vencendo licitações para aquisições de aviões e equipamentos aéreos, disputando com uma concorrência que vem de países fortíssimos, quer no aprimoramento tecnológico, que agrega valor ao bem, quer no complemento do pacote, oferecendo créditos e/ou investimentos, precisou – e precisa – no setor dado como exemplo, RENOVAR-SE a cada dia, para estar sempre “up to date”. E é isso que, milagrosamente, a EMBRAER tem feito.

O Brasil, em si, é um milagre, se pensarmos sem patriotismos. Temos “manchas” de alta tecnologia, convivendo com números que nos envergonham, como os que mostram que SANEAMENTO BÁSICO (em tantos lugares predominando o fétido “esgoto” a céu aberto) é raro. Quando muito, escasso, levando consigo e com sua falta, a quebra de padrões de saúde.

A tradicional impunidade histórica levou-nos a gerar, em grau máximo, numa super requintada aliança criminosa entre políticos desonestos, executivos “propineiros” de estatais (vide Petrobrás) e empresários corruptores entendendo-se, criminosamente, ao se comunicarem, associados, com o sotaque que os emana, delinquentes bilionários, que são. Exigindo do povo – na sua versão de contribuinte – o pagamento de impostos que, dão a sensação de “assalto oficial”, aproveitam-se da conduta paciente de uma população generosa que, no entanto, começa a reagir.

Cuidado! A timidez submissa dos assaltados não é interminável. A operação Lava Jato mostra ao cidadão que se ele e sua família não tem educação compatível, a saúde indispensável, a segurança confiável é porque os grandes empreiteiros, marajás desonestos das estatais e líderes (?) políticos inidôneos (movimentando a organização criminosa em que degradaram o PT e o petismo), uniram-se numa “societas sceleris” que faz inveja a MAFIA siciliana.

Mas cuidado “assaltantes” oficiais. Lembro-me de Cícero, o austero Senador Romano. Um colega (Maximus Ligorius) lhe sugeriu que, ante a quantidade de escravos em Roma, que melhor seria exigir que usassem uniformes, para assim serem identificados. Cícero, entre atônito e profético, respondeu: “antes disso, vamos examinar se houve justiça ao faze-los escravos. Depois, tenhamos cuidado: se usarem uniformes, vão aperceber-se como são numerosos e talvez, por serem muitos, se rebelem, com tanta indignação, contra os que os exploram, e se disponham a fazer um combate raivoso e rebelde em nome das Santa Justiça.

O povo é desatento mas não é tolo. As “aulas diárias da “Lava Jato” podem vir a ser o uniforme Romano. A lição de Cícero – se não houver, a partir da Lava Jato , punições atuais e rigorosas – pode vira contemporânea ferramenta de Justiça Social, doa a quem doer. Por isso, cuidado, não esqueçamos da lição de Cícero: Não desrespeitem o Povo.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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https://www.osul.com.br/cicero-e-os-uniformes/ CÍCERO e os uniformes 2016-10-06
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