Sábado, 27 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 17 de fevereiro de 2016
Você tem ideia do impacto que um asteroide com 1 quilômetro de largura pode ter ao se colidir com a Terra? De acordo com um grupo de cientistas, tal evento seria capaz de levar a Terra a uma pequena Era do Gelo. Isso aconteceria porque uma sequência de acontecimentos se desencadearia após a colisão do objeto espacial com a superfície de nosso planeta.
De acordo com a pesquisa liderada por Charles Bardeen, o impacto criaria uma cratera de cerca de 15 quilômetros de largura, atirando uma quantidade enorme de poeira em nossa atmosfera. Assumindo que o impacto aconteceria em uma área urbanizada ou em uma floresta, o calor gerado pela colisão resultaria em incêndios gigantescos e enormes nuvens de cinzas e fuligem vagando pelo ar. E toda essa massa se juntaria à poeira recém-enviada à atmosfera e permaneceria lá de seis a dez anos no melhor dos cenários imaginados pelos cientistas.
Este amontoado de partículas presentes na atmosfera seria aquecido pelos raios solares, incrementando o calor da estratosfera. A combustão levaria à destruição de mais da metade da camada de ozônio que protege a Terra, aumentando a quantidade de raios ultravioletas que chegam à superfície do planeta – o nível de exposição nas regiões tropicais alcançaria o grau 20, afirmam os pesquisadores, sendo que a partir do nível 11 a exposição já se torna altamente nociva aos seres humanos.
Calor lá em cima, frio aqui embaixo. Neste cenário, que mais parece o roteiro de um filme distópico, o calor excessivo da estratosfera se contraporia ao frio extremo da superfície da Terra. A quantidade de poeira e sujeira da atmosfera reduziria em 70% a incidência de luz solar em nosso planeta, reduzindo a temperatura média global para algo em torno de 8°C. A quantidade de chuvas no mundo cairia pela metade em relação ao que é hoje.
Com a superfície da Terra coberta de gelo, a produção de comida sofreria um forte impacto, incrementada pela ausência de neve, de chuva e de sol. Estima-se que haveria uma redução de 50%. Enfim, vamos torcer para que asteroides como este do exemplo criado por cientistas mantenham suas rotas bem distantes de nosso planeta.