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Por Redação O Sul | 30 de setembro de 2019
Um parasita até agora desconhecido é apontado, nesta segunda-feira (30), como o responsável por ter causado duas mortes e deixado 150 pessoas com infecções graves em Aracaju, em Sergipe. De acordo com estudo publicado pela revista “Emerging Infectious Diseases”, a espécie de parasita flagelado provoca os sintomas comuns da leishmaniose, porém é mais resistente aos tratamentos.
A descoberta foi feita a partir da comparação entre os genomas do parasita com os do gênero Leishmania sp. A comparação mostra que, apesar da semelhança nos sintomas da doença, como febre, aumento do baço, fígado e manchas avermelhadas na pele, a carga genética dele era mais parecida com a de outro parasita, o Crithidia fasciculata.
O trabalho foi desenvolvido no Centro de Pesquisa em Doenças Inflamatórias (CRID), em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, e teve financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de S. Paulo (Fapesp). Todos os casos foram a durante os oito anos da pesquisa. Conforme o professor Roque Pacheco de Almeida, da Universidade Federal de Sergipe, ainda é cedo para dizer se o parasita é resultado de uma mutação e ainda não se sabe qual a sua origem. No entanto, não se trata de um caso isolado.