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Por Redação O Sul | 17 de fevereiro de 2020
Pesquisadores da Universidade de Helsinque, na Finlândia, descobriram que uma nova molécula pode ajudar no tratamento com o Parkinson. Trata-se da BT13, que tem potencial de aumentar os níveis de dopamina, uma das principais substâncias químicas que é perdida quando a pessoa é diagnosticada com a condição. Os resultados foram publicados nesta segunda-feira, 217, na revista online Movement Disorders.
Como o estudo foi feito
A pesquisa se baseou em estudos anteriores sobre outra molécula que tem como alvo os mesmos receptores no cérebro, o fator neurotrófico derivado da linha celular glial (FNDG), um tratamento experimental para Parkinson.
Embora os resultados tenham sido positivos para essa proteína, a FNDG requer uma cirurgia complexa para chegar fazer efeito no cérebro.
Quando os cientistas começaram investigar o uso da molécula BT13 em ratos, descobriram que ela era um pouco menor, capaz de atravessar a barreira e, por tanto, poderia ser melhor administrada no tratamento contra a doença.
Os autores também verificaram um aumento nos níveis de dopamina no cérebro de ratos após a injeção da molécula.
“As pessoas com Parkinson precisam desesperadamente de um novo tratamento que possa parar a doença, em vez de apenas mascarar os sintomas”, diz David Dexter, vicediretor de pesquisa da Parkinson UK.
“Estamos trabalhando constantemente para melhorar a eficácia do , uma das autoras do estudo. BT13. Agora estamos testando uma série de compostos similares ao BT13, que foram previstos por um programa de computador com características ainda melhores”, conclui Yulia Sidorova.
Parkinson
A doença de Parkinson é um distúrbio neurológico do movimento, progressivo e degenerativo que afeta aproximadamente milhares de pessoas. Embora seja muito mais comum em pessoas acima de 60 anos, o número de pessoas mais jovens diagnosticadas com a doença está aumentando. 2
Conforme a doença de Parkinson avança, ela se torna cada vez mais incapacitante, tornando difícil ou impossível a realização de atividades diárias simples, como tomar banho ou se vestir. Muitos dos sintomas da doença de Parkinson envolvem o controle motor, a capacidade de controlar seus músculos e movimento.
Os quatro principais sintomas da doença de Parkinson são:
1-Tremor (agitação involuntária e rítmica de um membro, cabeça ou corpo inteiro) – o sintoma mais reconhecido da doença de Parkinson, o tremor, muitas vezes começa com um tremor ocasional em um dedo que eventualmente se espalha para o braço todo. O tremor pode afetar apenas uma parte ou lado do corpo, especialmente nas fases iniciais da doença. Nem todo mundo com a doença de Parkinson tem tremor;
2-Rigidez (rigidez ou inflexibilidade dos membros ou articulações) – a rigidez muscular, experimentada com a doença de Parkinson, muitas vezes começa nas pernas e pescoço. A rigidez afeta a maioria das pessoas. Os músculos se tornam tensos e contraídos, e algumas pessoas podem sentir dor ou rigidez;
3-Bradicinesia ou acinesia (lentidão de movimentos ou ausência de movimento) – bradicinesia é um dos sintomas clássicos da doença de Parkinson. Ao longo do tempo, uma pessoa com Parkinson pode desenvolver uma postura inclinada e uma caminhada lenta, arrastada. Eventualmente eles também podem perder sua capacidade de iniciar e se manter em movimento. Depois de vários anos, podem experimentar a acinesia, ou “congelamento” e perder totalmente os movimentos do corpo;
4-Instabilidade postural (deficiência de equilíbrio e coordenação) – uma pessoa com instabilidade postural pode ter uma posição inclinada, com a cabeça inclinada e ombros caídos. Eles podem desenvolver um encurvamento para a frente ou para trás e podem ter quedas que causam ferimentos. Pessoas com um encurvamento para trás têm uma tendência a “retropulsão”, ou andar para trás.