Sábado, 11 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 3 de junho de 2021
Pesquisadores da Universidade de Califórnia, Universidade de Washington e do Instituto Nacional de Pesquisa do Genoma Humano dos Estados Unidos disseram que, após mais de 30 anos de pesquisas, o DNA humano foi 100% sequenciado.
O anúncio ainda não está totalmente oficializado, pois, até o momento a pesquisa está disponível na plataforma bioRxiv, mas ainda não foi publicada em uma revista científica para ser revisada. Apenas após esse processo que a descoberta pode ser anunciada de forma oficial.
O Projeto Genoma Humano (PGH) começou a funcionar em 1990, com o objetivo de destrinchar o DNA. No entanto, com o tempo, diversas pesquisas se desenvolveram com base no estudo original, e agora, com as novas tecnologias, os cientistas garantem terem conseguido realizar o feito. Alguns pesquisadores envolvidos com o primeiro PGH ainda trabalham no projeto.
Genoma humano
O PGH original foi concluído em 2003. Na época, os pesquisadores revelaram que o genoma humano estava cerca de 92% sequenciado e faltavam algumas lacunas para terminar o processo. Outras pesquisas deram sequência ao estudo para tentar concluir o sequenciamento.
Todos os organismos vivos têm genoma. É ele que contém as informações genéticas hereditárias daquele ser. Compreender o genoma, então, ajuda a estudar os seres a quem aqueles dados pertencem. Em linguagem técnica, esse levantamento é conhecido como sequenciamento de genoma. Nos seres humanos, esse genoma é único para casa pessoa, no entanto, ele é 99,9% igual em todo mundo, a diferença que torna cada um diferente está no 0,1%.
Para se decifrar um genoma, é necessário analisar a fita de DNA, que possui mais de 3,2 bilhões de pares de bases, impossível de ser analisada por inteira. Os pesquisadores então precisam estudar fragmento por fragmento, localizar os genes e descobrir a função de cada um.
Os 8% que faltavam em relação à pesquisa original estavam em uma parte difícil de ser analisada na fita de DNA com a tecnologia disponível na época. Hoje, com os novos métodos de estudo, a parte faltante conseguiu finalmente ser pesquisada.
A próxima etapa do projeto agora é recriar o DNA de alguns ancestrais humanos para criar um tipo de tabela de referência voltada justamente para 0,1% que difere o genoma de cada um.