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Ciência Cientistas precisam repensar estudos sobre genes que controlam envelhecimento

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A proposta, endossada por vários cientistas, é de que é possível desacelerar o processo de envelhecimento do organismo. (Foto: Reprodução)

Os cientistas podem precisar repensar tudo o que acreditavam saber sobre genes que controlam o envelhecimento. Quando tentavam entender melhor o papel das bactérias na saúde e na doença, pesquisadores do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos alimentaram moscas-da-fruta com antibióticos – para matar suas bactérias comensais nativas – e monitoraram a atividade de centenas de genes que os cientistas tradicionalmente têm apontado como responsáveis por controlar o envelhecimento.

Para surpresa da equipe, porém, os antibióticos não apenas prolongaram a vida das moscas, como também mudaram dramaticamente a atividade de muitos desses genes – a propósito, moscas-da-fruta e nematoides são as cobaias preferidas dos cientistas para estudos do envelhecimento.

Os resultados indicam que apenas cerca de 30% dos genes tradicionalmente associados ao envelhecimento definem o relógio interno de um animal, enquanto o restante reflete a resposta do corpo às bactérias benéficas do organismo.

É mais uma prova cabal de que as bactérias benéficas do intestino alteram os genes, algo já comprovado também em humanos.

“Durante décadas, os cientistas desenvolveram uma lista de genes comuns de envelhecimento. Acredita-se que esses genes controlem o processo de envelhecimento em todo o reino animal, de vermes a camundongos e humanos,” disse o Dr. Edward Giniger. “Ficamos chocados ao descobrir que apenas cerca de 30% desses genes podem estar diretamente envolvidos no processo de envelhecimento. Esperamos que esses resultados ajudem os pesquisadores médicos a entender melhor as forças que estão por trás de vários distúrbios relacionados à idade.”

Bactérias que controlam genes

Em um estudo anterior, a equipe havia descoberto ligações entre a idade de uma mosca-da-fruta e a atividade de vários genes. Nestes novos experimentos, eles descobriram que dar antibióticos às moscas quebrou muitas dessas ligações.

No geral, a atividade genética das moscas alimentadas com antibióticos mudou muito pouco com a idade. Independentemente de sua idade real, as moscas tratadas geneticamente pareciam moscas de controle de 30 dias de idade. Isso parece ser devido a uma linha reta na atividade de cerca de 70% dos genes que os pesquisadores estudaram, muitos dos quais se pensava controlar o envelhecimento.

Notavelmente, isso incluiu genes que controlam o estresse e a imunidade. “No início, tivemos dificuldade em acreditar nos resultados. Muitos desses genes são marcadores clássicos do envelhecimento e, ainda assim, nossos resultados sugerem que sua atividade é mais uma função da presença de bactérias do que do processo de envelhecimento,” reforçou o Dr. Shukla Johnson, membro da equipe.

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