Quarta-feira, 07 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 9 de julho de 2016
Cientistas das universidades de Harvard, nos Estados Unidos, e de Oxford, na Inglaterra, realizam um estudo cujo objetivo é prever quanto tempo pode existir a vida em torno de estrelas que têm condições ambientais favoráveis, como é o caso do Sol.
O tempo durante o qual a vida pode se desenvolver nas cercanias de uma estrela está diretamente relacionado com a duração da vida da própria estrela, aponta resultado parcial de pesquisa publicado no site Arxiv. A única exceção acontece quando a estrela deixa de existir por motivos forçados, como é o caso da colisão com um corpo celeste ou em razão da influência de uma outra força destrutiva.
Segundo dados da pesquisa, a vida pode se desenvolver na área de uma estrela que possua mais massa que o nosso Sol. Simultaneamente, a massa da estrela é inversamente proporcional à duração da vida: quanto menos massa possui a estrela, durante mais tempo a vida pode existir.
As estrelas mais comuns no Universo, as anãs vermelhas, cuja massa é muito pequena, podem existir e manter a vida em torno delas por cerca de 10 trilhões de anos, conforme estudos realizados com o emprego de telescópios de última geração.
Estrelas como o Sol podem tornar impossível a vida ao seu redor.
As estrelas parecidas com o Sol, durante a sua evolução, passam por várias etapas – anã amarela, estrela subgigante e gigante vermelha – e, em 10 bilhões de anos, se tornam uma anã branca. Em qualquer destes períodos, a estrela pode tornar impossível as condições de vida em planetas próximos, conforme detalha a análise postada no site Arxiv.
Os pesquisadores lembram ainda que o processo de criação de estrelas começou há bilhões de anos. Os sistemas planetários começaram a aparecer muito mais tarde, depois de as explosões de supernovas formarem a segunda geração de estrelas. Os cientistas avaliam que esse é o ponto zero para a existência de vida no Universo, que se limita à vida de estrelas mais estáveis, com uma duração de cerca de 10 bilhões de anos.
Teoria do Big Bang ainda vigora.
Atualmente, a teoria mais aceitável pela comunidade é que a criação do Universo gerada pelo fenômeno do Big Bang ocorreu por volta de 13,3 a 13,9 bilhões anos atrás.
A estrela mais antiga já encontrada.
Em 2015, astrônomos internacionais anunciaram a descoberta da estrela mais antiga conhecida pela ciência. Ela tem 11,2 bilhões de anos e está situada em um sistema estelar contendo cinco planetas do tamanho da Terra. Para comparação, nosso Sistema Solar tem cerca de 4,5 bilhões de anos.