Sábado, 27 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 27 de janeiro de 2021
Um levantamento feito pelo laboratório especializado em segurança digital da PSafe mostrou que mais de 5 milhões de brasileiros foram vítimas da clonagem de WhatsApp no ano passado.
No ranking dos estados brasileiros mais afetados pelo golpe estão: São Paulo, em primeiro lugar, com 71,9 mil vítimas, seguido pelo Rio de Janeiro com 39,5 mil e, em terceiro, Minas Gerais com 28,7 mil.
O Diretor da Psafe, Emilio Simoni, explica que uma das formas desse crime envolve uma engenharia social. Isto é, os bandidos iludem a vítima de alguma forma e pedem que ela passe o código de recuperação do Whatsapp, fazendo com que ela pense que essa senha serve para outro objetivo.
Como se proteger?
1-Segurança digital
Instale uma solução de segurança em seu celular capaz de identificar tentativas de clonagem de WhatsApp, que alertem caso alguém tente acessar o seu WhatsApp.
2-Autenticação em dois fatores
Ative a autenticação em dois fatores nas configurações do aplicativo do WhatsApp. Dessa forma você poderá criar uma senha que será uma camada extra de segurança para sua conta de WhatsApp.
3-Cheque a verificação de perfis nas redes
Procure pelo selo de verificação nos perfis das redes sociais das marcas e nunca passe informações pessoais e nenhum código que foi enviado para o seu celular.
4-Nada de largar aparelho desbloqueado
Não deixe o celular desbloqueado perto de pessoas desconhecidas, pois é possível que elas se conectem ao WhatsApp Web e tenham acesso às suas mensagens.
5-Confira se tem alguém acessando sua conta de outro aparelho
Para verificar se alguém está acessando sua conta, clique nos três pontinhos no canto superior direito dentro do aplicativo e selecione “WhatsApp Web”.
Se alguém estiver ativo, irá aparecer o nome do dispositivo no qual ele está conectado. Para sair basta clicar em “Desconectar de todos os aparelhos”.
Quem deixa contato para venda na internet é alvo
Pessoas que anunciam objetos em sites de compra e venda de usados são potenciais vítimas. Os criminosos têm robôs que monitoram tais portais e, imediatamente, assim que o anúncio é publicado entram em contato com o autor por telefone, alegando um problema na veiculação.
Eles dizem, então, que para confirmar a veracidade do anúncio vão enviar um código para o aparelho da pessoa, o qual deverá ser informado por telefone. Devido à tamanha rapidez do processo, os vendedores acreditam na história e passam o número equivocadamente.
Perfil falso nas redes sociais é parte do golpe
Uma outra forma que os criminosos têm para obter acesso ao aplicativo de mensagens de terceiros é fazer um perfil falso no Instagram ou no Facebook de uma empresa que realmente existe, como uma pousada ou restaurante.
Feito isso, eles entram em contato com internautas que seguem a conta oficial e enviam uma promoção válida por pouco tempo ou, ainda, oferecem um suposto prêmio sorteado entre os seguidores.
No entanto, para que o cliente possa usufruir do benefício, pedem que informe o código enviado para o celular, o qual, na verdade, é o PIN do Whatsapp.
“É normal que os criminosos entrem em contato pelos chats das redes sociais, se passando pelo suporte de empresas ou inventando falsas promoções e pesquisas, tudo para conseguir as informações necessárias para aplicar o golpe”, diz Simoni, da Psafe, em comunicado divulgado pela empresa.