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Mundo Cinco milhões de mulheres indianas formaram um muro de 620 quilômetros na luta pela igualdade

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Manifestação aconteceu após mulheres sofrerem represálias por terem entrado em templo banido a elas. (Foto: Reprodução)

Em manifestação a favor da entrada de mulheres em templos hindus e clamando por igualdade de gênero, milhares de mulheres formaram uma espécie de “barreira humana” com 620 quilômetros de extensão em Kerala, no Sudeste da Índia, na última terça-feira (1º).

A manifestação foi uma resposta aos protestos de tradicionalistas que começaram após duas mulheres, Bindu e Karnaka Dung, entrarem no templo hindu de Sabarimala. Ao saber da visita, religiosos “purificaram” o local e anunciaram que ele seria fechado até esta quinta-feira (3) como marca de descontentamento com a atitude.

As duas mulheres desafiaram uma convenção de séculos que proíbe a entrada de mulheres em idade reprodutiva em templos. Pela regra, apenas mulheres acima de 50 anos podem entrar no local de culto à divindade conhecida como Lord Ayyappa, que é celibatário. Bindu e Karnaka estão na casa dos 40 anos.

O motivo da proibição é a crença de que as mulheres poderiam colocar a divindade em tentação.

A Suprema Corte do país retirou o banimento há cerca de três meses, provocando revolta de grupos conservadores. Desde então, tem havido confrontos entre apoiadores e opositores da decisão. Desde a aprovação, diversas mulheres tentaram exercer o direito, mas foram impedidas.

Prisões

Mais de 600 pessoas foram presas durante os protestos de grupos hindus no Estado de Kerala. Os manifestantes tomaram as ruas de Kochi, capital comercial de Kerala, com apoio do partido do premiê Narendra Modi, o nacionalista BJP (Bharatiya Janata Party), e do também nacionalista RSS (Rashtriya Swayamsevak Sangh).

Parte do comércio local fechou depois que grupos hindus defenderam uma paralisação em todo o Estado. A maior parte do serviço de ônibus e de táxis se recusou a levar passageiros por medo de serem atacados.

O ministro chefe de Kerala, Pinarayi Vijayan, disse que mulheres eram o alvo principal dos manifestantes, incluindo repórteres mulheres cobrindo os eventos.

Nas primeiras horas de quarta-feira (2), as duas mulheres foram escoltadas pela polícia para entrar no templo por uma entrada lateral sem serem vistas pelos devotos.

Os protestos começaram em seguida. Uma policial foi atacada e molestada por cinco homens em um dos distritos próximos a Kochi, enquanto um manifestante foi morto a pedradas no Sul do Estado, segundo a polícia.

Nesta quinta (3), manifestantes marcharam em direção ao centro da cidade em protesto.

“Prendemos mais de 600 pessoas na quarta em Kochi e outros quatro distritos e deixamos quase 300 dela sem custódia preventiva”, afirmou o inspetor-geral da política de Kochi, Vijay Sakhare.

“Alguns manifestantes podem se tornar violentos e jogar pedras ou bloquear as ruas, e estamos armados com gás lacrimogêneo e canhões de água.”

O Estado de Kerala é governado por partidos de esquerda e buscou permitir que as mulheres entrassem no templo, uma posição que levou a críticas dos demais partidos indianos e do Congresso.

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