Domingo, 18 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 16 de agosto de 2020
A PF (Polícia Federal) prendeu em flagrante cinco passageiros por tráfego internacional de drogas no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, na madrugada de sábado (15).
O grupo, formado por 3 brasileiros (dois homens e uma mulher) e um casal de venezuelanos, seguia em um mesmo voo para países africanos. Eles estavam com 23 quilos de cocaína, que foram apreendidas pela Receita Federal.
A cocaína foi detectada pelos fiscais da Receita por meio de scanners e pelo trabalho de inteligência, que havia alertado para possíveis voos com risco de tráfico de drogas.
Os cinco passageiros estão presos na carceragem da delegacia da PF, no aeroporto de Guarulhos.
Essas prisões e a apreensão chamaram atenção dos policiais e dos agentes da Receita porque o aeroporto atualmente tem um número muito baixo de voos internacionais – entre 5 e 6 voos diários – e com diversas restrições de embarque por causa da pandemia do coronavírus.
Operação Olossá
Na última quarta-feira (12), a Polícia Federal deflagrou a segunda fase da Operação Olossá, com o objetivo de cumprir mandados judiciais decorrentes de investigação sobre organização criminosa especializada no tráfico internacional de entorpecentes pelo modal aéreo, especialmente para Europa e Ásia. A principal forma de atuação era a utilização de “mulas”, que transportavam o entorpecente escondido em suas bagagens.
Agentes foram mobilizados para o cumprimento de 12 mandados de prisão e 10 mandados de busca e apreensão, nos Estados da Bahia (Salvador, Lauro de Freitas e Conceição do Coité), Sergipe, Maranhão, Pará, São Paulo e Santa Catarina. Entre os mandados de prisão, três foram cumpridos no exterior, com o auxílio da Interpol; dois na Espanha e um na Tailândia.
A investigação teve início em maio de 2019, a partir do aprofundamento de informações recebidas pelo serviço de Disque Denúncia da Secretária de Segurança Pública da Bahia. Naquela ocasião, identificou-se que o proprietário de uma barraca de praia em Lauro de Freitas usava o estabelecimento para aliciar as “mulas”, sendo ele o principal integrante da organização criminosa nessa função. Era ele, também, quem providenciava as passagens, documentos e dinheiro para o custeio da viagem.
Durante a investigação, dez pessoas foram presas em flagrante, quando tentavam embarcar para o exterior com cocaína escondida em suas bagagens em aeroportos da Bahia, de São Paulo, de Pernambuco, do Ceará e do Paraná. Além delas, outras três pessoas foram presas quando efetuavam a entrega de malas já preparadas, com a droga escondida, para as “mulas”.
Em 10 de março, foi deflagrada a primeira fase da operação, sendo cumpridos quatro mandados de busca e cinco mandados de prisão nas cidades de Salvador e Ipiaú, na Bahia, e Ananindeua, no Pará. A partir da análise do material apreendido na primeira fase, conseguiu-se identificar a liderança e integrantes do primeiro escalão da organização criminosa investigada, inclusive de pessoas que iniciaram como “mulas” e assumiram outros postos no esquema criminoso, mudando-se para o exterior para recepcionar os viajantes que chegavam do Brasil transportando a droga. Os investigados irão responder pelos crimes de organização criminosa, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. As informações são do portal de notícias G1 e da PF.