Sábado, 03 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 2 de maio de 2025
Diretor de filmes como “Taxi Driver” e “O lobo de Wall Street”, o cineasta Martin Scorsese revelou ter produzido um documentário em parceria com o então papa Francisco. A produção incluiria, ainda, o que a equipe do filme afirma ter sido a última entrevista em profundidade concedida pelo pontífice, falecido aos 88 anos e cujo corpo sepultado no dia 26 de abril.
O filme aborda o trabalho da Scholas Occurrentes, um projeto de educação sem fins lucrativos fundado em 2013 pelo então arcebispo Jorge Bergoglio. Uma das iniciativas da organização é incentivar a produção de filmes em comunidades ao redor do mundo para ajudar a criar “a cultura do encontro a partir das periferias, reunindo a beleza da diversidade humana e promovendo a unidade em um mundo dividido”.
O documentário ainda mostrará a vida de jovens dentro da Aldeas, como na Indonésia, Gâmbia e Itália. Eles também produzem curtas, já que parte do trabalho da organização inclui a produção de filmes por esses jovens.
Em comunicado, a Aldeias Scholas Film e a Sikelia Productions, produtora de Scorsese, descreveram o filme como “um testemunho da crença de que a criatividade não é apenas uma forma de expressão, mas um caminho para a esperança e a transformação”.
“Agora, mais do que nunca, precisamos conversar uns com os outros, ouvir uns aos outros transculturalmente. Uma das melhores maneiras de fazer isso é compartilhar as histórias de quem somos, refletidas em nossas vidas e experiências pessoais. Nos ajuda a compreender e a valorizar a forma como cada um de nós vê o mundo. Era importante para o papa Francisco que as pessoas em todo o mundo trocassem ideias com respeito, preservando simultaneamente a sua identidade cultural, e o cinema é o melhor meio para isso”, completa Scorsese.
Antes de falecer, o Papa Francisco elogiou o projeto, definindo-o como “extremamente poético e construtivo, porque vai às raízes da vida humana, da sociabilidade, dos conflitos… a essência da jornada de uma vida”.
Após o falecimento do pontífice, Scorsese – que teve diversos encontros com ele em vida – o chamou de “em todos os sentidos, um ser humano notável”. Nenhuma data de lançamento foi anunciada para o filme.
Um comunicado à imprensa observou: “Ao capacitar comunidades para contar suas próprias histórias e preservar seus legados culturais, o documentário apresenta-se como um testemunho da crença duradoura de que a criatividade não é apenas um meio de expressão, mas um caminho para esperança e transformação. Os curtas-metragens em si estrearão em cinemas locais recém-estabelecidos, servindo como centros duradouros para expressão cultural e educação.”