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Ciência 50 anos após a Apollo 11, Brasil não sabe onde está amostra da Lua coletada pelos astronautas e dada ao País em comemoração ao sucesso da missão

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Amostra trazida pela Apollo 11 e dada ao País sumiu. (Foto: Divulgação/Museu Dom Diogo de Souza)

Cinquenta anos depois da Apollo 11, o Brasil não sabe onde está a amostra da Lua coletada pelos astronautas Neil Armstrong e Edwin “Buzz” Aldrin e dada ao nosso País em comemoração ao sucesso da missão. Na época, o então presidente dos EUA, Richard Nixon, requisitou da Nasa poeira lunar para ser ofertada à ONU (Organização das Nações Unidas), aos 136 países que a integravam e aos 50 estados e cinco territórios americanos.

Encapsulados em acrílico, os fragmentos – do tamanho de grãos de arroz e pesando cerca de 0,05 grama – foram montados em expositores de madeira junto das bandeiras levadas pelos astronautas à superfície da Lua no módulo “Eagle” (”águia”, em inglês). Abaixo, duas placas de metal com os dizeres originais também em inglês: “Presenteado ao Povo de (nome do país) por Richard Nixon, presidente dos Estados Unidos da América” e “A bandeira de sua nação foi levada e trazida da Lua pela Apollo 11, e este fragmento da superfície da Lua foi trazido para a Terra pela tripulação deste primeiro pouso lunar tripulado”.

Passadas quase cinco décadas, no entanto, a grande maioria destes expositores sumiu, entre eles o ofertado ao Brasil, disse Robert Pearlman, especialista em história e recordações da exploração espacial que há 20 anos se dedica a traçar o paradeiro destes objetos. Segundo ele, dos 137 que se sabem terem sido entregues à comunidade internacional, 93 têm paradeiro desconhecido. “Estes expositores são registros, verdadeiras pedras de toque do que muitos consideram um dos maiores feitos da História da Humanidade”,  lembrou.

“Durante milênios a Humanidade sonhou chegar à Lua, numa viagem que era a própria definição do impossível. Até que decidimos ir, num esforço não só os EUA, mas verdadeiramente internacional, com a participação de cientistas originários de países ao redor do mundo. Fomos para lá em nome de toda a Humanidade, e estes expositores são uma forma de compartilhar isso. Sua intenção era inspirar crianças de todo mundo, que elas pudessem ver pedaços da Lua e tivessem consciência de que nada é impossível, que o que precisamos é decidir fazer algo e trabalharmos juntos para que isso aconteça. Então, o fato de que tantas pedras da Lua estão desaparecidas é lamentável, pois elas são a maiperfeita fonte de inspiração que podemos apresentar, a prova física de que algo outrora considerado impossível agora é possível”.

Obstáculos nas buscas

Pearlman contou que o primeiro grande obstáculo na busca pelas pedras lunares desaparecidas é a falta de registros documentais de como e para quem cada uma delas foi dada. Segundo ele, em geral os expositores da Apollo 11 foram enviados para os embaixadores dos EUA em cada um dos países agraciados, que por sua vez se encarregaram de entregá-los aos representantes dos governos locais, num processo que não seguiu nem um padrão nem cerimonial específicos.

“Um problema é que não há uma trilha de papéis, uma documentação do que aconteceu com essas amostras depois que elas saíram da Nasa e foram presenteadas”, lamentou. “Não ficou muita informação para ajudar na busca”.

Assim, em muitos casos, a autoridade que recebeu as pedras considerou erroneamente que elas eram um presente pessoal, e não para o povo que representava. “Em alguns países, por omissão da legislação local, o indivíduo que de fato recebeu a amostra presumiu que aquela pedra lunar era um presente pessoal e ficou com ela, sem atentar que era uma demonstração de boa vontade e que deveria ser objeto de exposição pública”, disse Pearlman.

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