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Política Ciro Gomes diz que fala de Lula sobre aborto foi “estapafúrdia” e favoreceu Bolsonaro

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O partido fará um evento para celebrar a filiação de Ciro na quarta-feira (22). (Foto: Reprodução de TV)

O pré-candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) afirmou, neste domingo (10), que a declaração de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em defesa do aborto foi “estapafúrdia”. Em sua sabatina na Brazil Conference, nos Estados Unidos, o pedetista argumentou que o debate sobre as chamadas “pautas de costume” favorece a reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL), e atribuiu a insistência nesses temas a uma suposta “burrice” do campo da esquerda.

“Nosso povo é ‘criptorreacionário’, crescentemente neopentecostal e profunda e enraizadamente cristão em matéria de costumes. Então, pensa se um político tem o direito de se meter na minha família para me dizer como eu devo tratar um filho gay meu?”, afirmou, ponderando, contudo, que é a favor de políticas afirmativas.

Ciro acrescentou: “Por que o Lula tinha que dar uma declaração estapafúrdia como a que ele deu agora, que todo mundo tem direito a fazer aborto? Que coisa mais simplória para um assunto tão grave. (…) Qual o poder que Lula tem, sendo presidente por 14 anos, ou mandando na Presidência do Brasil, que não resolveu essa questão? Porque ela é insolúvel”, destacou.

Na última terça-feira (6), Lula defendeu a ampliação do direito ao aborto e disse que, se for eleito, o assunto será tratado como uma “questão de saúde pública”. O petista também classificou a pauta de “família e valores” pregada pelo governo como “muito atrasada”. As declarações foram feitas durante um debate promovido pela Fundação Perseu Abramo e pela entidade alemã Fundação Friedrich Ebert, em São Paulo.

Neste domingo, o presidenciável do PDT defendeu que a pauta das eleições de outubro tenha foco em temas como “economia e emprego”. O debate contra o atual presidente deve ser “racionalizado”, ele disse, e não sobre “kit gay”.

Sérgio Moro

Durante sua participação no evento, Ciro classificou o ex-ministro Sérgio Moro (União Brasil) como “inimigo da República” e disse que, se estivesse presente no debate de domingo, teria o xingado “de bandido para cima”. O ex-juiz foi um dos convidados da Brazil Conference no sábado (9).

Quanto à política econômica de seu eventual governo, Ciro voltou a defender a revogação do teto de gastos – regra fiscal que limita o gasto da União à inflação – e a taxação de grandes patrimônios. Ele afirmou que “a democracia brasileira fracassou explosivamente em desenhar um modelo de desenvolvimento econômico”.

Criticou, também, o sistema de câmbio flutuante adotado pelo Banco Central, o que, segundo ele, gera incertezas para o “business plan” das empresas. “Temos indústrias indo embora porque ninguém consegue fazer conta no Brasil, porque o câmbio se tornou instrumento de demagogia”, afirmou.

A Brazil Conference é um evento realizado anualmente em Boston (EUA) e é apoiado pelas universidades Harvard e MIT.

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