Por Redação O Sul | 17 de outubro de 2025
Ciro deve definir seu destino político na próxima semana.
Foto: José Cruz/Agência BrasilO ex-governador do Ceará Ciro Gomes enviou uma carta ao presidente do PDT, Carlos Lupi, pedindo desfiliação do partido em meio à aproximação pedetista com o governo de Elmano de Freitas (PT) no Estado. A decisão leva em conta também o xadrez eleitoral de 2026.
Ciro deve definir seu destino político na próxima semana. Em julho, ele se encontrou com a cúpula do PSDB. Na ocasião, disse que seu retorno ao partido já estava decidido. A expectativa é que ele dispute o governo cearense em 2026. Além do PSDB, outro partido que demonstra interesse no ex-governador do Ceará é o União Brasil.
Ciro, que disputou a Presidência quatro vezes, vem fazendo uma aproximação crescente com partidos de direita no Ceará. Ele também se tornou feroz opositor do governo Lula e é um dos maiores críticos ao governo de Elmano de Freitas. No final de setembro, deu uma entrevista à rádio Itatiaia dizendo estar “muito infeliz” no PDT.
Ciro vinha articulando oposição ao PT no Ceará. Em maio, ele foi elogiado por deputados próximos ao ex-presidente Jair Bolsonaro, como o deputado André Fernandes (PL-CE), que o chamou de “inteligente e corajoso”.
Em 2022, Ciro Gomes havia rompido uma aliança com o PT do Ceará que durava décadas. Ele decidiu lançar o candidato dele ao Governo do Ceará, Roberto Cláudio, contra o petista Elmano Freitas.
No Ceará, um dos principais aliados de Ciro e ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, também deixou o PDT neste ano e anunciou sua filiação ao União Brasil.
O partido, que faz oposição ao PT no Ceará, é um possível destino para o ex-ministro. Em agosto, por exemplo, Ciro participou em Brasília do evento que anunciou a federação entre União Brasil e PP.
A saída do ex-presidenciável do PDT foi lamentada por pessoas próximas, entre eles o presidente do partido na cidade de São Paulo, Antonio Neto.
“Hoje é um dia de tristeza para o PDT e para todos nós que acreditamos no projeto nacional e popular de desenvolvimento com a saída do companheiro Ciro Gomes do partido”, diz Neto.
“Perco hoje um companheiro de partido, mas não perco o amigo. Como trabalhista muito antes de estar no PDT, sou profundamente grato pela contribuição que Ciro ofereceu ao nosso partido e tenho plena convicção de que continuará sendo parte da corrente política mais importante da história do nosso país: o trabalhismo.”
