Quinta-feira, 01 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 20 de janeiro de 2016
Durante inspeção na clínica do cirurgião plástico Wagner de Moraes, na última semana, o Departamento de Vigilância Sanitária e Controle de Zoonoses da Prefeitura de Niterói (RJ) descobriu que o local – onde a modelo Raquel Santos, 28 anos, fez um procedimento estético no rosto, pouco antes de morrer, no último dia 11 – não era registrado como clínica médica. Segundo o órgão, “a razão social tem o nome do próprio médico, como pessoa física”.
A vistoria também encontrou, no almoxarifado e no centro cirúrgico do local, agulhas, algodão, catéter intravenoso e bandagens além de diversos outros medicamentos com validade vencida. A clínica está impedida de funcionar, até que regularize sua documentação.
O delegado Mário Lamblet, que investiga o caso, vai pedir à Vigilância Sanitária que envie o relatório de inspeção para que seja anexado ao inquérito. O objetivo é descobrir se alguma substância com prazo de validade vencido foi usada no procedimento da modelo. A Polícia Civil também fez perícia na clínica. O laudo deve ficar pronto em uma semana.
Os medicamentos fora da validade encontrados foram: cefalotina sódica, diazepan, oleato de monoetanolamina, iodopovidona e éter. Também foram achadas amostras de pele humana armazenadas em geladeira.
Outras irregularidades apontadas pela Vigilância Sanitária foram a inexistência de um livro de registro dos procedimentos cirúrgicos, com nomes e registros dos profissionais envolvidos e medicamentos utilizados, infiltrações nas paredes do imóvel e a inexistência de Licença Sanitária. Segundo o órgão, não há registro de solicitação, junto à prefeitura, desse documento para a clínica. (AG)