Sexta-feira, 09 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 5 de dezembro de 2021
Na noite de sábado (4), a rede CNN anunciou a demissão de Chris Cuomo. “Um dos âncoras mais populares da emissora”, comentou ao vivo o especialista em mídia Brian Stelter. O também âncora Jim Acosta estava visivelmente constrangido por anunciar a notícia bombástica sobre o agora ex-colega de canal.
Apresentador do “Cuomo Prime Time”, programa de maior audiência no horário nobre da CNN americana, Chris havia sido afastado no último dia 30, após meses sob suspeita de ter auxiliado indevidamente seu irmão, o então governador de Nova York, Andrew Cuomo, a se livrar de acusações de assédio sexual feitas por funcionárias de seu gabinete.
A crise protagonizada pelo jornalista começou em março, quando ele anunciou aos telespectadores que não iria falar do escândalo com o irmão em seu programa. Foi chamado de “hipócrita” e acusado de praticar “parcialidade jornalística” para beneficiar o parente. Sob pressão, Andrew deixou o cargo em agosto. A situação de Chris piorou.
Na época, a editora Maureen Callahan, do The New York Post, foi implacável: “Um já caiu. Falta o outro. Agora que Andrew Cuomo renunciou, seu irmão, Chris, deve ser o próximo. Afinal, ambos são culpados de graves violações da ética”. Dito e feito.
Logo veio à tona na imprensa que Chris havia sido uma espécie de consultor dos advogados do irmão na tentativa de desacreditar as vítimas de assédio e manipular a mídia. Apesar das críticas, a CNN decidiu mantê-lo no ar. Um voto de confiança que manchou a credibilidade do principal canal de notícias dos Estados Unidos.
A cúpula da emissora contratou um escritório de advocacia para analisar o caso. Surgiram provas incontestáveis da atuação antiética de Chris Cuomo. O relatório final da investigação foi entregue na sexta-feira (3) ao presidente da CNN, Jeff Zucker. Após ler dezenas de páginas, ele se convenceu da culpa do âncora e comunicou a demissão. As informações são do blog Sala de TV, do portal de notícias Terra.