Domingo, 11 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 29 de dezembro de 2023
Colecionador de inimizades com correligionários, o presidente do União Brasil, Luciano Bivar, é alvo de uma articulação de dirigentes do antigo DEM para isolá-lo em cargo decorativo no partido. Na prática, o deputado federal seria uma espécie de “rainha da Inglaterra”. Ou seja, teria um posto mais simbólico, sem caneta para usar a partir de 2024, ano de disputas municipais.
A eleição no União Brasil, fruto da fusão entre DEM e PSL, foi antecipada de maio para fevereiro. Pelas negociações, a “turma do DEM” pretende alçar ao comando do partido o atual vice-presidente, Antônio Rueda, e deixar Bivar com a presidência de honra. Nesse grupo, a promessa é de que a eleição de Rueda está garantida. Mas Bivar afirma a aliados que não entregará o cargo de barato.
Motivos
Desafetos de Bivar dizem que ele cavou a própria cova ao tentar comandar o União como fazia com o PSL. O partido que abrigou o ex-presidente Jair Bolsonaro foi fundado por Bivar em 1994 e administrado com mão de ferro até a fusão com o DEM. O PSL era uma sigla nanica antes da entrada de Bolsonaro, em 2018, quando seu quadro de filiados e o fundo eleitoral explodiram.
Eleições
O União Brasil estabeleceu como meta eleger cerca de 700 prefeitos em 2024. Para isso, deve criar no começo do ano um grupo de trabalho, com um coordenador eleitoral responsável por cada uma das cinco regiões do País.
A legenda, surgida da fusão de DEM e PSL e aprovada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em 2022, deverá ter novo comando a partir de maio. Atual vice-presidente, Antônio Rueda assumirá a presidência, no lugar do deputado federal Luciano Bivar (PE).
O partido espera filiar diversos prefeitos antes da eleição. Para isso, no entanto, enfrenta a concorrência de outros partidos de centro, como MDB e PSD.
Ofensivas
O União Brasil vem sofrendo ofensivas para desistir da candidatura própria à prefeitura de São Paulo. A sigla tem como pré-candidato à capital paulista o deputado federal Kim Kataguiri. A legenda, porém, tem sido sondada por aliados do atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB).
Dirigentes do partido, no entanto, defendem o lançamento de candidatura própria na tentativa de evitar que se repita em São Paulo a polarização que marcou as eleições presidenciais do ano passado.