Terça-feira, 21 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 21 de outubro de 2015
O senador Fernando Collor (PTB-AL) negou “qualquer ingerência” na BR Distribuidora. O lobista Fernando Baiano, apontado pela Operação Lava-Jato como operador de propinas do PMDB, afirmou que, em 2012, o então diretor financeiro da BR Distribuidora Nestor Cerveró (que havia sido diretor da área Internacional da Petrobras) comentou com ele sobre uma suposta pressão feita por Collor na subsidiária da estatal petrolífera.
De acordo com Baiano, Cerveró falou sobre “negociações envolvendo políticos, em que o tom, o contexto e as circunstâncias sugeriam tratar-se de negócios ilícitos”. “Se recorda de Nestor Cerveró ter comentado sobre uma negociação em que o senador Fernando Collor estaria pressionando para a BR Distribuidora adquirir uma quantidade enorme de álcool de uma safra futura, perante usinas indicadas pelo parlamentar, o que pareceu estranho ao depoente e a Cerveró, até mesmo pelo valor, que girava em torno de 1 bilhão de reais”, afirmou Baiano.
Por meio de nota, o senador negou “enfaticamente ter exercido qualquer ingerência – muito menos pressão – sobre a Petrobras ou sua subsidiária BR Distribuidora”. “O senador não se dignará a responder a especulações infundadas de delator a partir do que supostamente ouviu dizer de terceira pessoa, e que não apontam concretamente qualquer fato específico, nem lhe atribuem prática de qualquer ilegalidade”, informa o comunicado. (AE)