Domingo, 19 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 18 de outubro de 2025
No momento, trata desde setembro a terceira lesão no ano, desta vez no no músculo reto femoral da coxa direita.
Foto: Vitor Silva/CBFO principal astro da Seleção Brasileira não veste a camisa do Brasil há dois anos. Na sexta-feira, 17 de outubro, completaram-se dois anos da última partida de Neymar defendendo a equipe nacional.
Naquela noite de 17 de outubro de 2023, o Brasil foi derrotado por 2 a 0 pelo Uruguai em Montevidéu e Neymar sofreu a mais grave lesão de sua carreira.
Deixou o gramado de maca e o estádio, de muletas, com o joelho imobilizado, sinal de que seria séria a contusão. E foi: ele havia rompido o ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo e machucado dois meniscos em um lance fortuito, ao não conseguir pisar como queria no gramado.
Passaram 731 dias e o camisa 10 nunca mais vestiu a camisa verde e amarela porque demorou mais de um ano para se recuperar da cirurgia no joelho e porque, depois, acumulou mais uma série de problemas, sobretudo musculares. No momento, trata desde setembro a terceira lesão no ano, desta vez no no músculo reto femoral da coxa direita.
Esses períodos machucado e a incapacidade de reaver sua melhor forma física afastaram o atacante da Seleção. Até chegou a ser convocado pelo então técnico Dorival Júnior, em março, mas sequer se apresentou em Brasília para aquela Data Fifa. Um desconforto no músculo da coxa esquerda impediu que ele integrasse o grupo que enfrentaria Colômbia e Argentina.
Neymar tem feito feito sessões de fisioterapia todo os dias e atividades em dois períodos. A rotina de tratamento é definida pelo departamento médico do Santos. Contudo, os trabalhos incluem exercícios no CT Rei Pelé e também em casa, junto dos profissionais particulares do atleta, o preparador físico Ricardo Rosa e o fisioterapeuta Rafael Martini.
“Vejo as postagens dele em casa, no terceiro período da noite, ele está em casa com a família, com os filhos, e seu estafe também desenvolvendo as atividades, as tarefas de recuperação. Não existe nenhum tipo de pensamento a não ser a volta dele aos gramados”, disse o presidente Marcelo Teixeira em entrevista recente ao Estadão.
“É um exagero por parte dessa minoria que acredita que é um descaso dele (na recuperação física). Quem viveu no futebol entende perfeitamente quão difícil é voltar de uma lesão e pegar ritmo e confiança novamente. Ele está no tempo certo. É um processo que tem que ir aos poucos mesmo”, afirmou Ronaldo Fenômeno.
Neymar construiu uma carreira importante, embora nunca tenha ganhado uma Copa do Mundo nem tenha sido eleito o melhor do mundo, além de ter feito escolhas questionáveis. Seus números são expressivos e sua importância é indiscutível para a Seleção Brasileira, do qual é o maior artilheiro na história, segundo os dados da Fifa – não os da CBF, para quem Pelé ainda reina sozinho.
Carlo Ancelotti resolveu não chamar Neymar em suas duas primeiras convocações e, na terceira, o atleta estava machucado. O treinador italiano deixou claro que o camisa 10 tem de estar na sua melhor forma física possível.
“Ele precisa estar 100%, não 80%”. Segundo o técnico, as ausências nas convocações não significam que ele não estará entre os 26 que disputarão a Copa do Mundo no Canadá, Estados Unidos e México.