Sábado, 04 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 12 de abril de 2016
Pesquisa divulgada nesta terça-feira (12) revela que 85,9% dos brasileiros se viram obrigados a ajustar o orçamento doméstico por conta da crise econômica, que gerou aumento do desemprego e queda da renda. O levantamento foi feito pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas). Foram entrevistadas 602 pessoas em todas as capitais e em cidades do interior do País.
Segundo a pesquisa, 87% dos entrevistados admitiram que agora estão dedicando mais tempo para pesquisar preços e 80% estão evitando comprometer sua renda com compras de calçados e roupas. O estudo ainda revela que 44,3% dos entrevistados estão com as finanças descontroladas.
“A inflação, os juros elevados e o desemprego pioram a situação financeira das famílias e, muitas vezes, exigem mudanças no padrão de gastos para se adequar a nova realidade. Apesar do momento difícil, essa é uma hora propícia para desenvolver hábitos mais saudáveis e evitar desperdícios e compras desnecessárias”, orienta a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.
Conforme o levantamento, a lista de restrições por conta da crise financeira abrange desde evitar comprar produtos e serviços com os quais sempre estiveram acostumados (79,1%) até optar por produtos de marcas mais baratas (76,9%); deixar de viajar (75,5%) e de sair com os amigos para bares e restaurantes (71,3%).
Gastos com produtos de beleza (56,8%) e serviços como internet e celular (30,7%) e TV por assinatura (28,9%) também foram alvos de cortes, mas em menor proporção que os demais. Para completar a lista, 25,9% dos entrevistados deixaram de ir à academia e 25,1% tiveram de abandonar cursos de idioma, escolas particulares ou faculdades, informaram a CNDL e o SPC Brasil. (AG)