Quarta-feira, 14 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 16 de março de 2021
O número de pessoas em situação de rua cresceu em Porto Alegre. Se antes os indicadores já eram altos, com a pandemia, há mais moradores vivendo nessa situação.
No ano passado, o índice de pessoas morando nas ruas aumentou 38,73% em comparação com 2019. Há dois anos, antes da pandemia, havia 2.775 moradores de rua. Hoje, esse número já chega a 3.850, um acréscimo de 1.075 pessoas.
“Isso é um número da pandemia, um dado pandêmico. Isso muito em decorrência da desorganização familiar em razão do desemprego, do fechamento do comércio que também diminuiu o número de reciclagem e de trabalhos informais”, destacou a presidente da Fasc, Cátia Lara Martins.
O balanço anual é realizado por 12 equipes da Fundação de Assistência Social e Cidadania da capital, que encaminham os moradores para o núcleo de acolhimento. Mas existem também os albergues que são espaços de atendimento mais básicos. Eles estão funcionando durante a pandemia, mantendo os cuidados de sanitização.
“Nós aumentamos o número de espaços e o número de vagas. No entanto, mesmo com esse aumento de estruturas físicas e de vagas, a gente tem que pensar em um cenário pandêmico, que a gente precisa de espaços com proteção para esses usuários e equipes”, afirmou Cátia.
O trabalho de prevenção nas ruas também é realizado pelas equipes. Durante a abordagem são oferecidas máscaras, álcool em gel e também espaços para que eles possam passar os dias.
“Por isso que as abordagens são mais de 20 mil, porque tu vai várias vezes tentar o convencimento daquela pessoa para que ela possa aderir a um dos nossos espaços, explicou a presidente da Fasc.
Por conta do agravamento da pandemia, que atinge a saúde e a economia, para 2021 a Fasc prevê mais um aumento no número de moradores de rua. Durante o inverno, a Fundação não descarta recorrer a espaços como ginásios para abrigar pessoas em situação de rua.