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Por Redação O Sul | 15 de junho de 2018
Os dois leilões de swap cambial realizados pelo BC (Banco Central) nesta sexta-feira (15) surtiram efeito e o dólar terminou negociado a R$ R$ 3,7316, em queda de 2,04%.
O mercado de ações, ao contrário, segue pressionado, e chegou a operar abaixo dos 70 mil pontos. O Ibovespa, principal índice de ações do País, terminou o dia em queda de 0,93%, aos 70.757,73 pontos.
Com o segundo leilão de swap o BC completa a colocação dos US$ 24 bilhões previstos no anúncio feito pelo presidente da instituição, Ilan Goldfjan, na semana passada. Para a semana que vem, o BC prometeu colocar mais US$ 10 bilhões.
No exterior, o dólar, que na quinta-feira (14) teve forte alta sobretudo ante moedas de emergentes, operou perto da estabilidade, o que ajudou a diminuir pressão nas cotações aqui, ressaltou um operador.
Bolsa
As ações do Ibovespa sofreram com o mau humor em Wall Street por conta do acirramento da disputa comercial entre Washington e Pequim. A Casa Branca confirmou a tarifação na importação de produtos chineses da ordem de US$ 50 bilhões. Logo em seguida, a China anunciou que vai retaliar as medidas protecionistas na mesma proporção.
As ações da Petrobras e da Vale tiveram forte queda, esta última influenciada pelo recuo dos preços do minério de ferro no exterior. As cotações do petróleo chegaram a cair fortemente em Nova York, acima de 2%, e contribuem para as perdas dos papéis da petroleira brasileira.
O destaque positivo foi a Braskem, que disparou 18% com a notícia de que a holandesa LyondellBasell está em negociação para levar a fatia da Odebrecht na petroquímica.
Após um bom início de pregão, com altas que superavam 2%, as ações da Eletrobras reverteram completamente a tendência, e registraram os piores desempenhos do Ibovespa.
O edital de privatização das distribuidoras da estatal, publicado nesta sexta-feira (15), indica a possibilidade de adiamento ou prorrogação do leilão de uma ou mais empresas, e apresente condicionante à efetiva realização da disputa, em particular da Amazonas Distribuidora de Energia, considerada a empresa mais complicada de atrair interessados atualmente.
A viabilidade de venda da Amazonas Energia também depende da aprovação de um projeto de lei que tramita na Câmara dos Deputados. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que pretende colocar o projeto em votação na próxima semana.