Quarta-feira, 05 de novembro de 2025

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil Com cenário pouco favorável à sua reeleição, Michel Temer cogita apoiar a candidatura de um novato para preservar seu legado

Compartilhe esta notícia:

Uma das sugestões é desconectar os benefícios da Previdência ao salário mínimo, reajustando as aposentadorias apenas pela inflação. (Foto: Banco de Dados/O Sul)

Caso mantenha a posição de não concorrer à reeleição para o Palácio do Planalto, o presidente Michel Temer já admite apadrinhar um candidato de fora da política tradicional. Em conversas de bastidores, ele tem avaliado que as pesquisas eleitorais demonstram um cenário promissor para nomes considerados “outsiders” (que correm por fora) e defende que o MDB marque posição em uma disputa que tende a ser pulverizada.

Para ser candidato, o emedebista sabe que precisa se viabilizar eleitoralmente até maio, quando definirá se tentará a reeleição. A meta que foi estabelecida, apelidada de “Plano Temer”, é de que sua aprovação chegue a 15% e sua rejeição caia para 60%. Hoje, segundo a mais recente pesquisa do Instituto Datafolha (final de janeiro), 6% consideram seu governo ótimo ou bom e 70% o avaliam como ruim ou péssimo.

Com o cenário pessimista, o presidente tem considerado um “plano B” e começou a sondar empresários e executivos para lançá-los pelo MDB com a condição de defenderem abertamente as realizações de seu governo. O assunto já teria sido tratado pelo Planalto com os presidentes da rede de lojas Riachuelo, Flávio Rocha, e da empresa têxtil Coteminas, Josué Gomes da Silva.

O primeiro, que tem sido também cortejado pelo PSDB, tem o apoio do grupo de direita MBL (Movimento Brasil Livre) e suas ideias são alinhadas à bancada evangélica da Câmara dos Deputados. Já o segundo é filiado ao MDB, ficou em segundo lugar na disputa por uma vaga de senador em 2014 por Minas Gerais e é filho do falecido ex-vice-presidente José Alencar, morto em 2011.

Temer também chegou a cogitar a possibilidade de filiar o presidente da Petrobras, Pedro Parente. Ele tem resistido a uma candidatura, mas o governo avalia que pode mudar de ideia até abril. O prefeito de São Paulo, João Doria, também já foi procurado pelo MDB para se lançar à Presidência da República, mas respondeu que pretende seguir no PSDB e disputar o governo de São Paulo.

Cabe lembrar, entretanto, que o termo “reeleição” não cabe exatamente a Michel Temer. Afinal, ele não foi eleito presidente do País e sim vice na chapa da então presidenta Dilma Rousseff (durante as eleições de 2010 e 2014) e chegou ao comando do Executivo após o processo de impeachment, que afastou a petista do cargo em 2016.

Irritação

O movimento do Palácio do Planalto tem como objetivo encontrar um meio para não apoiar de forma nenhuma a candidatura do governador paulista Geraldo Alckmin pelo PSDB. O distanciamento do tucano do governo federal, sobretudo em relação à reforma da Previdência, irritou o presidente, que não acredita na possibilidade de o governador defender o seu legado no cargo.

Nas últimas semanas, Alckmin tem resistido em discutir a hipótese de um acordo eleitoral entre PSDB e MDB, em uma estratégia para não ser associado a um governo impopular. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), por sua vez, tem tentado promover uma aproximação entre Alckmin e Temer, mas o tucano tem resistido ao máximo, o que levou Temer a desistir de uma composição.

“Outsiders”

Caso não tente concorrer a um segundo mandato, o presidente avalia lançar pelo MDB um nome de fora da política tradicional. A seguir, veja alguns dos possíveis nomes.

Pedro Parente – presidente da Petrobras, é reconhecido pelo perfil técnico, apesar de ter sido ministro da Casa Civil e do Planejamento durante o governo de Fernando Henrique Cardoso A aposta é que atraia apoio de dirigentes tucanos;

Flávio Rocha – o empresário da rede de lojas Riachuelo já discutiu mais de uma vez com o presidente a pretensão de ser candidato. É defensor das reformas trabalhista e previdenciária;

Josué Gomes – Filiado ao MDB e filho do falecido ex-vice-presidente José Alencar, ele foi candidato a senador por Minas Gerais em 2014 e recebeu 3,6 milhões de votos, mas perdeu a disputa para Antonio Anastasia, do PSDB;

Rodrigo Maia e Henrique Meirelles – Pré-candidatos do governo, o presidente da Câmara dos Deputados (DEM-RJ) e o ministro da Fazenda (PSD) têm apresentado dificuldades em crescer nas pesquisas eleitorais e já são considerados “azarões” pela equipe do presidente.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

DiCaprio leva o Oscar de melhor ator. “Spotlight: Segredos Revelados” vence na categoria de melhor filme
Supremo decide nesta semana se aceita denúncia contra o presidente da Câmara dos Deputados
https://www.osul.com.br/com-cenario-pouco-favoravel-sua-reeleicao-michel-temer-cogita-apoiar-candidatura-de-um-novato-na-politica/ Com cenário pouco favorável à sua reeleição, Michel Temer cogita apoiar a candidatura de um novato para preservar seu legado 2018-02-18
Deixe seu comentário
Pode te interessar