Quinta-feira, 12 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 6 de fevereiro de 2020
A contragosto do Ministério Público Federal (MPF), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin homologou o acordo de delação do ex-governador do Rio Sérgio Cabral com a Polícia Federal. Veja alguns números que envolvem os processos de Cabral e o esquema de corrupção no Rio, que ele já confirmou em depoimentos que existia desde o início de sua gestão.
Cabral já foi condenado 13 vezes na operação Lava-Jato. Duas sentenças foram confirmadas em segundo grau.
As penas somam 282 anos, cinco meses e três dias de prisão – já contando as revisões em segunda instância.
A maior pena de Cabral em um único processo foi na ação da Operação Calicute, a primeira de todas, em que ele está condenado a 45 anos e 9 meses.
Tramitam na Justiça Federal 30 processos criminais contra Cabral no âmbito na Lava-Jato do Rio, contando aqueles em que ele foi condenado e ainda não houve trânsito em julgado.
O ex-governador está preso desde o dia 16 de novembro de 2016 e atualmente está em Bangu 8, depois de ter ficado na Cadeia de Benfica.
Os delatores Renato e Marcelo Chebar devolveram R$ 250 milhões de Cabral que estavam no exterior. O ex-governador depois confirmou que os recursos eram mesmo seus.
Três pessoas com vínculos familiares com Cabral foram processados pelo MPF em ações que o ex-governador também responde: sua mulher, Adriana Ancelmo; sua ex-mulher Suzana Neves; e seu irmão Maurício Cabral.
A mansão de Cabral em Mangaratiba foi leiloada por R$ 6,4 milhões em setembro do ano passado.
Seis secretários na gestão Cabral chegaram a ser presos na Lava-Jato: Luiz Fernando Pezão (que acumulou as funções de vice e secretário de Obras), Régis Fichtner (Casa Civil), Sérgio Côrtes (Saúde), Wilson Carlos (Governo) e César Rubens Monteiro de Carvalho (Administração Penitenciária).
O MPF cobra na Justiça R$ 4,1 bilhões de Cabral e outros 29 réus por desvios nas obras do Maracanã, Metrô, Arco Metropolitano e PAC das Favelas.