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Brasil Com Eduardo Bolsonaro na embaixada do Brasil nos Estados Unidos, o governo brasileiro espera o filho de Trump como embaixador no Brasil

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Donald Trump entrou com um processo contra o estado da Califórnia para tentar reverter uma recente lei estadual. (Foto: Reprodução)

O governo brasileiro considera que o presidente Donald Trump poderá designar um de seus cinco filhos, Eric, para assumir a Embaixada dos Estados Unidos no Brasil. A avaliação é que, ao indicar um dos filhos do presidente Jair Bolsonaro, Eduardo, para a Embaixada do Brasil nos EUA, os americanos enviariam alguém “com o mesmo perfil”, o que ajudaria a estreitar as relações entre os dois países.

Segundo um interlocutor do governo, a indicação política seria “um sinal de prestígio sem igual”, pois considera que os americanos costumam fazer esse tipo de indicação para países como Rússia, China, Reino Unido, Canadá, Israel, Polônia e Hungria. O Brasil, por sua vez, não possui tradição de fazer indicações políticas, especialmente para a Embaixada nos EUA, que é uma das mais disputadas no meio diplomático. “Além da importância de abrir portas, há o fator compreensão do momento político dos dois países”, disse uma fonte.

Também existe o entendimento de que como o Brasil não tem essa tradição de fazer esse tipo de indicação e é mais difícil para o País emplacar um nome político, “o ônus está sobre nós”, o que poderia influenciar a decisão dos americanos. Governistas também alegam que os americanos já teriam deixaram claro qual é o perfil que buscam para a troca de nomeações políticas para as embaixadas.

Depois de avisar há meses que trocaria o embaixador do Brasil nos Estados Unidos, o presidente Jair Bolsonaro anunciou ontem a intenção de indicar o próprio filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), para o posto diplomático mais importante e mais disputado não apenas no Brasil, mas em praticamente todos os países, a embaixada em Washington. Eduardo é presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara.

Calero

O deputado Marcelo Calero (Cidadania-RJ) protocolou dois projetos (um projeto de lei e uma proposta de emenda à Constituição) para impedir que pessoas fora da carreira diplomática possam comandar missões em nome do Brasil no exterior. A decisão vem um dia depois que o presidente da República, Jair Bolsonaro, aventou a possibilidade de indicar o filho, o deputado Eduardo Bolsonaro, como embaixador do país nos Estados Unidos.

Calero, que é diplomata de carreira, diz que a Lei do Serviço Exterior possibilita que sejam nomeados chefes de missões diplomáticas pessoas que não tenham prestado concurso.

“Havia um uso, num passado bastante longínquo, de que houvesse indicações políticas para esses cargos. Mas essas indicações foram sempre muito raras porque temos uma carreira consolidada. Nunca teve o filho de um presidente. É a primeira vez, e é um desprestígio”.

O deputado lembrou os nomes de figuras políticas indicadas a cargos semelhantes no passado, como Negrão de Lima, Itamar Franco e Assis Chateaubriand, fundador do grupo Diários Associados. “Essas eram pessoas de proeminência nacional, inclusive um ex-presidente da República, não é o caso agora”.

Protocolado nesta sexta-feira (12) à tarde, o projeto de Calero muda a redação do parágrafo 2 do art. 84 e a PEC endossa essa renovação. “Os textos vão ao encontro de uma prática que dura mais de 10 anos, iniciada no governo Lula, de que não houvesse nomeações de fora da carreira. Isso é um prestígio para o Itamaraty e à formação que a gente recebe para tanto”, afirmou Marcelo Calero.

Para ser aprovada e, de fato, vigorar, a PEC de Calero precisa de 308 votos no Plenário (mesmo número da reforma da Previdência, por exemplo). Questionado sobre a possibilidade de o texto afundar por causa da falta de apoio, Calero diz que “se o plenário for coerente com quem o elegeu, vai aprovar, sim”.

 

tags: Brasil

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