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Brasil Com a greve dos caminhoneiros, hotéis tiveram reservas canceladas para o feriado

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Paralisação dos caminhoneiros afetou também o turismo. (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)

A greve dos caminhoneiros afeta o turismo durante o feriado de Corpus Christi, nesta quinta-feira (31), e ao longo do fim de semana. De acordo com dados da ABIH Nacional (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis), houve quedas expressivas na ocupação hoteleira, desde a semana passada, além de cancelamentos de reservas.

No Nordeste, por exemplo, o Ceará registrou uma média de 15% de cancelamentos nas reservas para o feriado. Bahia e Alagoas tiveram uma queda de 5%, enquanto em Pernambuco a redução foi de 7%. Em Minas Gerais, a queda na ocupação média da semana na capital Belo Horizonte deve chegar a 30%. O mesmo ocorreu em Brasília, Curitiba e no Rio Grande do Sul, que também registraram baixa de 30% de ocupação dos hotéis nesse período.

São Paulo registrou durante a semana cancelamento de 50% das reservas e para o feriado a expectativa é de uma queda de 20%. No interior do Estado, o recuo foi de 40%. No litoral paulista, 90% das reservas para o feriado foram canceladas, mas a expectativa da associação é que o percentual diminua com a normalização dos serviços e abastecimento de combustível.

Na cidade do Rio de Janeiro, a expectativa de ocupação para o feriado é mesma do ano passado, em torno de 47%, mas representa uma queda na expectativa de recuperação na ocupação dos hotéis para o período, em cerca de 3%. O presidente da ABIH-RJ (Associação de Hotéis do Estado do Rio de Janeiro), Alfredo Lopes, informou que a maioria dos hotéis da cidade recebe visitantes de Estados vizinhos, que não estão chegando por falta de combustível. “Para se ter uma ideia, atualmente 63% de quem se hospeda na cidade são provenientes do mercado nacional, com os vizinhos São Paulo e Minas na liderança, grande parte deles viajando de carro”, disse.

O servidor público Paulo Machado desistiu de viajar no feriado. Ao falar com a reportagem, ele aguardava dentro do carro parado na fila para abastecer em um posto de combustível na via EPIA, uma das mais importantes de Brasília. “Eu viajaria para Goiânia no feriado, mas não tem condição sem combustível. Estou há mais de três horas nessa fila e nem consigo voltar para casa porque não tenho gasolina suficiente”, lamentou.

“Não tem muito o que fazer a não ser aguardar a normalização do abastecimento”, resignava-se o professor Vitor Andrade, que também enfrentava mais de quatro horas de fila para tentar encher o tanque no final da tarde de quarta-feira (30). “Me preocupo mais com a minha avó, que tem 110 anos, caso haja problemas no atendimento de saúde e abastecimento de medicamento”, ressaltou o docente, que dá aulas na rede particular do Distrito Federal. “Na minha escola decretaram ponto facultativo a semana inteira”.

Viagem de ônibus

O aposentado Manoel Soares viveu uma experiência desagradável no dia 25, quando vinha de ônibus de Cristalina, interior de Goiás, para Brasília. O veículo foi parado em um dos bloqueios na BR-040, que liga a capital federal ao estado de Minas Gerais, e manifestantes que participavam da paralisação abordaram, um a um, os passageiros do ônibus solicitando informações. “Queriam saber para onde a gente ia, que dia ia voltar. A gente ficou bloqueado por quase uma hora”. A viagem, que deveria levar menos de três horas, levou quase o dobro do tempo, segundo o aposentado.

Nos últimos dias, o movimento na Rodoviária Interestadual de Brasília caiu cerca de 10%, de acordo com a empresa que administra o terminal. No auge da greve dos caminhoneiros, na semana passada, empresas de ônibus chegaram a aumentar o intervalo entre os ônibus e cancelaram parte das viagens previstas.

 

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