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Por Redação O Sul | 22 de dezembro de 2018
Cerca de 81% dos reajustes salariais realizados em 2018, até novembro, foram corrigidos acima da inflação, segundo a pesquisa “Salariômetro”, da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).
De acordo com o levantamento, apenas 8,6% das negociações fechadas entre janeiro e novembro resultaram num reajuste salarial abaixo do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), que é o índice de referência para a correção de salários. Em 10,3% das negociações, o reajuste foi igual ao INPC. Somadas estas duas fatias, 18,9% foi a proporção de reajustes sem ganho real.
No acumulado em 12 meses até novembro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor tem alta de 3,56%. A inflação oficial do país também deve fechar o ano abaixo de 4%. O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15), que é uma prévia da inflação oficial, acumulou alta de 3,86% em 2018.
O levantamento da Fipe mostra, entretanto, que ainda há impasse em cerca de 1/4 das negociações iniciadas em 2018. No ano, até novembro, o número de acordos e convenções concluídas e protocoladas no Ministério do Trabalho chega a 34.159, uma queda de 24,5% na comparação com o ano anterior.
O levantamento identificou também 55 acordos no ano com redução de jornada e salário. Em novembro, segundo a Fipe, o reajuste mediano nominal foi de 4%, com piso salarial médio de R$ 1.259.
Contas externas
A conta de transações correntes registrou um déficit de US$ 795 milhões no mês de novembro, informou na sexta-feira (21) o BC (Banco Central). No mesmo mês do ano passado, as transações correntes haviam registrado déficit de US$ 2,162 bilhões.
A conta de transações correntes é formada pela balança comercial (comércio de produtos entre o Brasil e outros países), pelos serviços (adquiridos por brasileiros no exterior) e pelas rendas (remessas de juros, lucros e dividendos do Brasil para o exterior). Trata-se de um dos principais indicadores do setor externo brasileiro.
No acumulado do ano, a conta corrente registrou um déficit de US$ 12,114 bilhões. O valor representa uma piora em relação ao ano passado, quando no mesmo período a conta de transações correntes registrou déficit de US$ 3,581 bilhões.
Investimento estrangeiro
O Banco Central também informou nesta sexta-feira que os investimentos estrangeiros diretos na economia brasileira somaram US$ 10,274 bilhões em novembro.
O valor registrado em novembro é mais do que o dobro do registrado em novembro de 2017, quando somou US$ 4,592 bilhões. No ano, acrescentou o Banco Central, os investimentos estrangeiros diretos somaram US$ 77,782 bilhões, contra US$ 65,606 bilhões no mesmo período de 2017.