A nova linha do iPhone está às vésperas do anúncio oficial, mas, além dos modelos em si, a expectativa é de um aumento nos preços, segundo Edison Lee, consultor de mercado do banco Jefferies. O novo preço é resultado das tarifas de importação sobre produtos feitos na China e enviados para os Estados Unidos adotadas por Donald Trump neste ano.
Lee afirma que o aumento será de US$ 50 em todos os modelos, exceto a versão básica (US$ 799). A Apple vai lançar quatro possíveis dispositivos: iPhone 17, 17 Air, 17 Pro e 17 Pro Max, segundo o site Mac Rumors.
O reajuste deve fazer o iPhone 17 Pro custar US$ 1.049 e 17 Pro Max, US$ 1.249 – preços nos EUA. Como o modelo Air substitui o iPhone Plus, o valor ainda não é conhecido, mas a consultoria afirma que o aumento também vale para a novidade.
Dados de operadoras de telefonia mostram alta de 22% nas vendas de iPhone no 2º trimestre
Além do efeito das tarifas, os US$ 50 a mais refletem outros dois fatores: o novo design dos aparelhos e a crescente demanda por dispositivos da marca.
Enquanto a fabricante do iPhone aposta na inclusão de recursos inéditos, novo design e melhorias nas câmeras e tela, o aumento previsto por Lee acompanha uma estimativa positiva de vendas no segundo trimestre de 2025. Dados de operadoras de telefonia relatam crescimento de 22% nas vendas de iPhone no período – número bem superior ao projetado pela Apple.
Se o sucesso de vendas recente for confirmado, será a maior alta comercial da empresa nos últimos 18 meses.
Mesmo inevitável, a relação entre as tarifas de Trump e o aumento de preços ainda é tabu para a empresa de Cupertino, na Califórnia. Em junho, o Wall Street Journal ouviu de funcionários que a Apple tenta evitar essa versão para não se arriscar politicamente. A estratégia foi adotada após notícias de que a Amazon poderia mostrar o custo extra ao consumidor em suas etiquetas, o que gerou reação da Casa Branca. A companhia de Jeff Bezos recuou.
Os especialistas, porém, garantem que a opção menos desgastante é repassar parte dos custos ao consumidor. Estima-se que 80% dos iPhones ainda são produzidos na China. As novas taxas já custaram cerca de US$ 900 milhões à Apple neste segundo trimestre.
(Com informações do jornal O Estado de S.Paulo)