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Brasil Com medo de traições, Geraldo Alckmin decidiu ter estrutura própria em todos os Estados

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Alckmin em campanha no Tocantins. (Foto: Ciete Silvério/Fotos Públicas)

A cúpula da campanha de Geraldo Alckmin (PSDB) decidiu, diante dos sinais de que o tucano pode ser abandonado por aliados nos Estados, que ele vai ter estrutura própria em todas as 27 unidades da Federação –inclusive para a distribuição de material com seu nome e partido.

A avaliação é a de que Alckmin deve buscar interação com coligados, mas manter seu nome na rua independentemente deles. Coordenadores regionais foram escalados para cobrar menções ao tucano em santinhos.

Os nomes mais próximos a Alckmin na campanha já avisam que será uma disputa de médio prazo e que a expectativa é a de que ele “empine o nariz para chegar ao segundo turno” só na etapa final da corrida. Os aliados brincam que as palavras de ordem são: sangue de gelo, fígado de aço e rivotril.

Nordeste

“É natural que o vice venha do Nordeste”, comentava o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) em junho, durante passagem por Campina Grande (PB). Era consenso à época que o tucano se beneficiaria de um nome forte numa região historicamente cativa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) — e onde o ex-governador tem 5% dos votos no melhor dos cenários segundo as pesquisas de intenção de voto. Mas Alckmin acabou com uma vice do Rio Grande do Sul e, mesmo com nove partidos em sua coligação, conseguiu apenas um palanque relevante na região que concentra um quarto (26%) do eleitorado nacional. “O Nordeste é o maior desafio da nossa campanha”, reconhece o secretário-geral do PSDB, deputado Marcus Pestana (MG). Não por acaso, o tucano menciona apenas as regiões Nordeste e Norte diretamente nas diretrizes de seu plano de governo.

O PSDB lançou 12 candidatos a governos estaduais. A região mais prestigiada é o Centro-Oeste, com nomes em três Estados disputando a reeleição — Pedro Taques, no Mato Grosso, Reinaldo Azambuja, no Mato Grosso do Sul, e, em Goiás, José Éliton, que assumiu o governo local em abril após Marconi Perillo deixar o cargo para disputar vaga no Senado. Os tucanos também estão bem colocados no Sudeste, com o ex-prefeito João Doria em São Paulo e o senador Antônio Anastasia em Minas Gerais. O ex-prefeito de Pelotas Eduardo Leite é outro bem posicionado na disputa pelo governo do Rio Grande do Sul — onde a campanha de Alckmin recebeu o reforço da senadora Ana Amélia (PP) como vice. Essas são situações bem diferentes das candidaturas tucanas no Norte e no Nordeste.

Sem o reforço do prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), que preferiu adiar a disputa pelo governo da Bahia, e do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), que decidiu não se candidatar no Ceará, restou para Alckmin apenas Pernambuco como plataforma expressiva entre os três maiores colégios eleitorais da região, e sem muita convicção do ex-senador Armando Monteiro (PTB). Ex-ministro do governo Dilma Rousseff (PT), o candidato do PTB ao governo pernambucano chegou a publicar uma nota no fim de julho para afirmar seu apoio formal a Alckmin, já que o PSDB ameaçou se retirar da chapa “Pernambuco vai mudar” depois de Monteiro declarar voto em Lula.

“O nosso palanque, tendo em vista o apoio majoritário que recebe dos partidos dessa frente, estará sempre aberto para que o candidato Geraldo Alckmin possa trazer aos pernambucanos as suas propostas, neste momento tão importante e desafiador para o nosso País”, dizia Monteiro na nota. No último dia 9, contudo, o candidato do PTB voltou a declarar voto no petista, em entrevista à Rádio Jornal reproduzida em seu perfil no Twitter: “Se Lula for candidato, eu voto nele. Caso não, vou analisar os nomes colocados”.

A concorrência de palanque com o PT no Nordeste deve ser generalizada para Alckmin. Na última sexta-feira, o presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), fez campanha ao lado do ex-prefeito Fernando Haddad em Teresina (PI) e pediu voto para Lula apesar de seu partido compor a chapa de Alckmin com a vice Ana Amélia. Alckmin inicia sua campanha oficial pelo Nordeste por Pernambuco nesta quinta-feira.

Questionado nesta segunda-feira em evento da Abdib (Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base) sobre a pulverização de seus apoios, em especial no Nordeste, o candidato tucano à presidência minimizou e disse que “tem partidos que têm candidato, e também me apoiam”, sem mencionar nomes. Os tucanos negam que pretendam priorizar a campanha no Sul do País, mas, nos primeiros dias de atividades oficiais, a senadora Ana Amélia passou por Castro, no Paraná, e por Porto Alegre, enquanto Alckmin visitou o Pará e, além da passagem por Pernambuco e dos compromissos em São Paulo, completa a agenda da semana com viagens ao Rio de Janeiro, Tocantins e a Minas Gerais.

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