Por Redação O Sul | 29 de novembro de 2025
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes intimou a defesa de Jair Bolsonaro a explicar o uso de um celular por Nikolas Ferreira (PL-MG) durante a visita do deputado federal ao ex-presidente no último dia 21. Naquele dia, imagens feitas pela TV Globo registraram Nikolas usando o celular na varanda da casa de Bolsonaro, em Brasília (DF). O ex-presidente estava ao lado do parlamentar mineiro no momento do uso do aparelho.
À coluna de Igor Gadelha, do site Metrópoles, Nikolas contou que usou o celular apenas para “atender” uma ligação de áudio de seu cunhado. O deputado mineiro ressaltou que Bolsonaro não usou o celular, nem se comunicou por meio do aparelho.
Ao STF, a defesa de Bolsonaro também afirmou que ele não usou nem fez “contato visual” com o celular de Nikolas. Disse ainda que o ex-presidente nunca descumpriu a proibição de uso de telefone celular na prisão domiciliar.
De acordo com os advogados, Bolsonaro cumpriu “à exatidão” as regras do STF para a prisão domiciliar, que incluíam a “proibição do uso de celular, diretamente ou por intermédio de terceiros”. Segundo a manifestação, “não houve uso ou mesmo contato visual com o aparelho celular do deputado federal”.
A visita de Nikolas a Bolsonaro ocorreu horas antes de o ex-presidente tentar violar a tornozeleira eletrônica com um ferro de solda e, no dia seguinte, acabar sendo preso preventivamente por risco de fuga.
“A visita ao presidente Bolsonaro ocorreu dentro da normalidade da minha atividade parlamentar. Meu celular estava comigo para uso pessoal e não foi usado para comunicação externa. Não recebi orientação sobre proibição do aparelho”, escreveu Nikolas, na rede social X.
A visita do deputado tinha sido autorizada por Moraes. Em sua decisão, o ministro do STF afirmou que deveriam ser “observadas as determinações legais e judiciais anteriormente fixadas”.
Ao determinar a prisão domiciliar de Bolsonaro, no início de agosto, Moraes havia estabelecido a “proibição do uso de celular, diretamente ou por intermédio de terceiros”. As informações são do site Metrópoles e do jornal O Globo.
