Quinta-feira, 16 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 8 de maio de 2017
Começou por volta das 11h desta segunda-feira (8) o julgamento do ex-dono da Gol, Nenê Constantino e de outros quatro réus por um homicídio em 2001 em Brasília. O empresário, hoje com 86 anos, é acusado de mandar matar o líder comunitário Márcio Leonardo de Sousa Brito, de 27 anos, que ocupava um terreno dele. Ele responde por homicídio qualificado, com pena prevista de 12 a 30 anos de prisão.
A sessão de julgamento começou com quase duas horas de atraso. Segundo assessores do tribunal, a demora ocorreu porque um dos 25 jurados convocados para a sessão se atrasou. A expectativa é de que o julgamento se estenda ao longo do dia.
O Tribunal de Justiça estima que o julgamento dure, no mínimo, 16 horas. Pelas regras da Casa, cada um dos cinco advogados tem 1 hora e 15 minutos para argumentação, assim como o promotor do MP (Ministério Público). Depois, as defesas juntas terão quatro horas para réplica e outras quatro para tréplica. O MP tem direito ao mesmo tempo.
Pós-adiamento
Inicialmente, o julgamento deveria ter ocorrido em 20 de março, mas ele foi adiado a pedido do Ministério Público do DF, que solicitou mais prazo para analisar novos documentos anexados ao processo. Na ocasião, o advogado de Constantino, Pierpaolo Bottini, afirmou os papéis juntados à ação são “indispensáveis para que o caso seja julgado com Justiça”.
Segundo Bottini, a defesa foi “obrigada” a anexar os documentos porque o MP cita, no processo, que Constantino já foi acusado por outra tentativa de homicídio. De acordo com Bottini, ele foi inocentado neste processo.
Outro caso
Em 2015, Nenê foi absolvido da acusação de tentativa de homicídio duplamente qualificado contra o ex-genro. Segundo a denúncia, o fundador da Gol contratou dois homens para matar o antigo companheiro da filha por desentendimentos em relação ao patrimônio.