Por Redação O Sul | 28 de abril de 2025
Em ação conjunta com a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), as tendas montadas pelo Exército para atendimentos relacionados a possíveis casos de dengue em Porto Alegre devem iniciar suas atividades até a próxima sexta-feira (2). Serão cinco estruturas, disponíveis nas áreas externas dos postos Modelo, Santa Fé, Camaquã, Timbaúva e Primeiro de Maio, prestando serviços como exame e hidratação de pacientes com sintomas da doença.
Trata-se do segundo ano consecutivo de uma parceria que também abrange ações preventivas como aplicação de inseticida contra o mosquito transmissor, mutirões de limpeza e orientações em escolas. Mais de 80 militares foram treinados na semana passada para a missão. Essas estruturas de apoio são construídas a partir desta sexta, para servirem como estações de hidratação para pacientes com sintomas.
“Trata-se de uma parceria fundamental em momentos de maior incidência da doença”, elogia o titular da Secretaria Municipal da Saúde, Fernando Ritter. “A união de esforços é essencial para que possamos ampliar as ações preventivas e proteger a população.”
O avanço dos casos de dengue motivou o poder público municipal a decretar situação de emergência, vigente desde o dia 17 de abril. Porto Alegre acumula neste ano mais de 5,5 mil testes positivos, com três mortes. A Zona Norte é a região com a maior incidência de casos.
Localização
– Posto de saúde Modelo: avenida Jerônimo de Ornelas nº 55 (bairro Santana), whatsapp (51) 3289-2555.
– Posto de saúde Santa Fé: rua Professor Álvaro Barcellos Ferreira nº 520 (bairro Rubem Berta), whatsapp (51) 3289-5600.
– Posto de saúde Camaquã: rua Professor Doutor Pitta Pinheiro Filho nº 176 (bairro Camaquã), whatsapp (51) 3289-5541.
– Posto de saúde Timbaúva: rua Sebastião do Nascimento nº 1.050 (bairro Mário Quintana), whatsapp (51) 3289-8240.
– Posto de saúde Primeiro de Maio: avenida Professor Oscar Pereira nº 6.199 (bairro Cascata), whatsapp (51) 3289-5676.
Prevenção
Se não tratada a tempo, a dengue pode evoluir para quadros graves com risco de morte, sobretudo em crianças, idosos e indivíduos com outras doenças pré-existentes. A transmissão se dá pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti, também responsável pelo zika vírus e febre chikungunya.
O inseto se prolifera em áreas e recipientes com água parada, daí a importância de se eliminar tais focos, a fim de cortar o ciclo de vida do inseto já na fase de larva. O uso de repelente também é recomendado para maior proteção individual, assim como a instalação de tela protetora nas janelas e portas.
Responsável pela vigilância da dengue na Diretoria de Vigilância em Saúde (DVS), a enfermeira Raquel Rosa chama a atenção para a importância de que todas as notificações de possíveis casos sejam encaminhados ao setor pelos serviços de saúde.
Ela destaca, ainda, que todos os indivíduos com febre acima de 38ºC, acompanhada de dores de cabeça e no corpo, devem procurar atendimento: “Esses foram os principais sintomas relatados em 2024 por pacientes que receberam diagnóstico positivo no ano passado”.
O Ministério da Saúde também considera como sinais de alerta a ocorrência de dor atrás dos olhos e nas articulações, náusea, vômito, diarreia, manchas avermelhadas na pele (com ou sem coceira) e mal-estar geral.
Recomendações
– Evite acúmulo de água parada em áreas, recipientes (vasos de plantas etc.) e objetos como pneus.
– Trate a água de piscinas, inclusive as infantis, com os produtos recomendados
– Descarte o lixo corretamente, separando o seco do orgânico, e deixando em local adequado.
– Verifique se a caixa d’água e as lixeiras estão bem tampadas.
– Limpe regularmente as calhas e instale telas nos ralos, bem como em portas e janelas.
– Caso tenha viajado antes de suspeita da doença, informe o fato no momento em que for atendido.
(Marcello Campos)
