Por Gisele Flores | 23 de novembro de 2025
Presidente da FIERGS destaca que o comércio exterior é fundamental para o avanço da indústria e para o crescimento da economia do Rio Grande do Sul.
Foto: O Sul
Mais de 30 especialistas debatem geopolítica, inteligência artificial e sustentabilidade para impulsionar as exportações brasileiras em Porto Alegre.
O Sistema FIERGS realiza, na sede da Federação, o 1º Congresso Brasileiro de Comércio Exterior, nos dias 25 e 26 de novembro, em formato presencial, híbrido e online. Com mais de 30 palestrantes confirmados, o encontro reúne nomes como o ex-secretário de Comércio Exterior do Brasil, Welber Barral, e o diretor de Integração Física e Digital da Aladi, Rafael Laurentino, além de autoridades e especialistas de mercado. A abertura oficial está marcada para terça-feira, às 13h45.
Em declaração sobre o evento, o presidente da FIERGS, Claudio Bier, ressaltou que o comércio exterior é “fundamental para o avanço da indústria e para o crescimento da economia do Rio Grande do Sul”, destacando o compromisso da entidade em elevar a competitividade das empresas ao combinar informação, tecnologia e práticas sustentáveis. O congresso ocorre em meio ao impasse comercial entre Brasil e Estados Unidos, contexto que torna os debates ainda mais relevantes para estratégias de inserção internacional.
A programação foi estruturada em três eixos centrais. Em mudanças geopolíticas, serão discutidas reconfigurações entre blocos, tensões comerciais e novas alianças, com participação de especialistas como Thalis Rafael Figueiredo Silva (MDIC), Roberto Georg Uebel (ESPM-SP), Vítor Eduardo Alessandri Ribeiro (UFRGS) e Carlos Ramiro Fensterseifer (Continental). No eixo de inteligência artificial e tendências aduaneiras, o foco recai sobre competitividade e tecnologia aplicada aos processos de exportação e importação, com nomes como Augusto Oliveira da Silva Neto (OAB/RS), Alexandre Zambrano (Receita Federal), Natália Marroni Borges (Fundação Banrisul), Alex Winetzki (Stefanini Group) e Nildson Alves (Onda Finance). Em sustentabilidade e acordos, serão tratadas as exigências ambientais e sociais que condicionam o acesso a mercados, com Constanza Negri Biasutti (CNI) e Leonardo De Zorzi (Global Prime S/A).
Além dos eixos, o congresso aborda temas práticos que atravessam a agenda dos exportadores: e-commerce internacional; compliance aduaneiro; soluções financeiras (financiamento e seguro) para exportação com participação de BRDE, Banco do Brasil e BNDES; transformação econômica na Argentina; logística portuária e rodoviária; reforma tributária aplicada ao comércio exterior; e o Programa OEA como vetor de competitividade. Painéis específicos analisam as novas exigências da União Europeia em sustentabilidade e barreiras técnicas, bem como o papel da China na reconfiguração das alianças globais.
Na terça-feira, a manhã abre com a relação entre universidade e comércio exterior e segue com e-commerce internacional, integração regional na América Latina e compliance aduaneiro. Antes da abertura oficial, há painel sobre financiamento ao exportador. À tarde, a pauta contempla PMEs com apoio de Invest RS, Sebrae e ApexBrasil, cenário geopolítico com foco nos Estados Unidos e, na sequência, sustentabilidade e barreiras técnicas. Na quarta-feira, os temas percorrem logística, Argentina, reforma tributária, Programa OEA e o impacto da inteligência artificial na cadeia do comércio exterior, encerrando com análise estratégica sobre China e o novo equilíbrio global.
As inscrições estão abertas e podem ser feitas nos formatos presencial, híbrido ou online, diretamente pelo site: fiergs.org.br/evento/1o-congresso-brasileiro-de-comercio-exterior. . As vagas são limitadas conforme a capacidade do Teatro FIERGS, e a confirmação de participação é realizada após o preenchimento do cadastro no portal. O evento conta com apoio do Sebrae-RS e da ApexBrasil.
Ao conectar indústria, governo e academia, o congresso se posiciona como plataforma de ação para preparar empresas em um cenário onde geopolítica, tecnologia e sustentabilidade se entrelaçam e definem o sucesso das exportações. Para o setor produtivo gaúcho, é uma oportunidade de reposicionamento competitivo, alinhando tradição industrial a inovação, gestão de risco e responsabilidade socioambiental. (por Gisele Flores)
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