Sexta-feira, 31 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 30 de outubro de 2025
 
				Entidade projeta que a oferta de empregos temporários deve ficar entre sete e oito mil vagas neste final de ano
Foto: DivulgaçãoO último trimestre do ano tradicionalmente marca o aumento da procura por trabalhadores temporários no comércio do Rio Grande do Sul. Em 2025, a tendência deve se repetir, ainda que os comerciantes enfrentem dificuldades para ampliar suas equipes.
A FCCS-RS (Federação das Câmaras de Comércio e de Serviços do Rio Grande do Sul) projeta que a oferta de empregos temporários deve ficar entre sete e oito mil vagas neste final de ano.
Segundo o presidente da entidade, Vitor Augusto Koch, o cenário econômico mais desafiador tem levado muitos empresários a adotar uma postura de cautela.
“Hoje, além da redução do volume de vendas, como mostram os últimos indicadores do IBGE [Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística], fatores como os auxílios governamentais, a limitação dos horários de funcionamento — inclusive aos sábados e domingos — e a alta carga tributária estão impactando diretamente o setor. Soma-se a isso a concorrência de canais digitais e até o comércio ilegal, o que reduz o capital circulante e gera insegurança na hora de reforçar as equipes”, explica Koch.
O dirigente destaca que o momento atual é diferente de anos anteriores, quando havia intensa oferta e grande número de candidatos interessados nas vagas temporárias.
“Está mais difícil encontrar mão de obra qualificada para o comércio. Desde 2020, o setor enfrenta uma sequência de desafios — pandemia, enchentes, inflação e juros elevados — e, por isso, muitos empresários estão operando com estruturas mais enxutas e realistas”, observa.
Apesar das dificuldades, a FCCS-RS acredita em uma melhora nas vendas até o final do ano. “Com a chegada da Black Friday, do Natal e do Réveillon, é provável que o comércio volte a aquecer. O pagamento do 13º salário, tanto no setor público quanto no privado, deve aumentar o volume de dinheiro em circulação e, consequentemente, a demanda por produtos e mão de obra temporária”, projeta o presidente da entidade.
As oportunidades de trabalho temporário se concentram principalmente nos segmentos de vestuário, calçados e supermercados, com vagas para vendedores, caixas e estoquistas. O perfil dos contratados costuma ser de pessoas em busca do primeiro emprego ou da recolocação no mercado de trabalho.
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