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Economia O comércio on-line cresce 68% no Brasil durante a pandemia

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Com lojas fechadas, varejo eletrônico produziu resultados positivos para empreendedores e trouxe novo fôlego aos pequenos negócios

Foto: Pixabay
Depois de provar, os usuários consultados ganharam confiança.(Foto: Pixabay)

O comércio eletrônico, que já era uma realidade para a maioria das empresas brasileiras, se impôs de maneira definitiva na pandemia. Diante da impossibilidade da abertura das lojas físicas nas fases mais críticas de enfrentamento à covid-19, pequenos empreendedores cederam às ferramentas digitais, das mais simples às mais elaboradas. O resultado desse esforço pode ser medido pelo incrível crescimento do faturamento apresentado por muitos desses negócios.

“A pandemia acelerou a migração do negócio presencial para o remoto. Não houve saída diferente: quem ainda não utilizava o comércio digital teve de encontrar uma alternativa ao atendimento pessoal”, explica Guilherme Campos, diretor do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas).

Levantamento feito pela entidade entre fevereiro e março deste ano mostra que este é mesmo um caminho sem volta: 7 em cada 10 empresas brasileiras vendem seu serviço ou produto pelas redes sociais, aplicativos ou internet. A média é a mesma tanto para os MEIs (microempreendedores individuais) quanto para as MPEs (micro e pequenas empresas).

Além disso, dados da ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico) revelam que, em 2020, o crescimento no setor de vendas on-line foi de 68%. De acordo com a entidade, as restrições e o fechamento do comércio físico fizeram com que o consumo virtual crescesse grandiosamente, com um faturamento de R$ 126,3 bilhões, frente aos R$ 75,1 bilhões registrados em 2019.

Os pedidos feitos pela internet em 2020 atingiram o número de 301 milhões, com um ticket médio de R$ 419,40, segundo a Associação Brasileira de Comércio. Para este ano, a projeção da entidade é que o e-commerce continue crescendo gradativamente e atinja os 18%.

No início, optar pela venda digital nas redes sociais ou aplicativos de mensagens pode ser mais simples e barato, segundo o diretor do Sebrae. “Depois, o empreendedor pode experimentar vendas em uma página própria (e-commerce) ou em marketplaces (espécie de “shopping virtual” que hospeda vários vendedores de produtos)”, diz Campos. “O mais importante é fazer uma análise criteriosa dos custos para ver qual modelo se adapta melhor ao seu negócio.”

Ferramentas gratuitas

Para Marcelo Nakagawa, professor de empreendedorismo e inovação, a utilização do Google Negócios é uma ótima alternativa para quem está começando e não quer e nem pode gastar muito. “É uma ferramenta gratuita que ajuda a organizar as informações de um negócio, facilita o trabalho de agendamento e, mais importante, aumenta as chances de uma empresa ser achada durante uma busca na internet”, explica.

O cadastro no serviço é bastante simples, segundo Nakagawa. “Na dúvida, é possível buscar tutoriais na internet que ensinam o passo a passo.” O Instagram Negócios e o Whats App Negócios, também gratuitos, oferecem recursos valiosos como a montagem de bases de visitantes, clientes e recorrentes.

“Nessas redes, é fundamental estar presente na timeline do cliente. É preciso engajar, converter e manter sua base”, diz o especialista, lembrando que a recente integração do Pix com o Whats App deve estimular ainda mais as vendas por esse método.

Boom das embalagens

Já para a empresária Luciana Carvalho Lopes, o sucesso veio sem muito planejamento. Ela vende embalagens plásticas para alimentos no e-commerce e em um grande marketplace. Com os restaurantes fechados pela pandemia, a procura de seus produtos por causa da demanda do delivery disparou. “Além disso, muita gente que perdeu o emprego na crise passou a preparar alimentos em casa para vender”, conta Luciana.

A importância da logística

A iniciativa de Luciana foi elogiada pelo executivo Marcelo Fujimoto. “Os marketplaces são uma ótima opção para quem está começando porque mostram ao empreendedor quais produtos vendem mais e até ajudam a ajustar os preços”, explica.

Apesar de ser uma experiência rica para quem quer aprender, não se pode depositar todas as fichas nessa modalidade de venda. Isso porque, segundo Fujimoto, graças aos algoritmos da plataforma, “num dia você está vendendo bem, no outro, não”. Como isso acontece? Depende do modelo de marketing digital contratado por cada lojista. “Quem paga mais, aumenta sua visibilidade no site.” Além disso, explica o especialista, muitos vendedores usam a estrutura logística do marketplace, o que pode comprometer, no total, até 40% de sua receita.

Aplicativos de comida

A mesma regra vale para os aplicativos de entrega de comida. Segundo Marcelo Nakagawa, os aplicativos mais populares cobram até 27% de taxas sobre as vendas, o que pode tornar-se muito pesado para pequenos restaurantes. “Além disso, se essa for a única aposta daquele estabelecimento, há o risco de o negócio quebrar caso o aplicativo queira desfazer a parceria”, diz. “Para quem não pode contar com uma pequena frota própria de motoboys, há plataformas menores de serviços de entrega que possuem até planos gratuitos. Vale a pena pesquisar.”

 

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https://www.osul.com.br/comercio-online-do-pais-cresce-68-na-pandemia-do-coronavirus/ O comércio on-line cresce 68% no Brasil durante a pandemia 2021-04-18
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