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Variedades Como a ciência explica a escolha dos amigos pelas crianças

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Formar amizades saudáveis costuma ser visto como uma habilidade crucial para crianças. (Foto: Pexels/Reprodução)

Enquanto os laços que unem um casal ou uma família são bastante evidentes e estudados, as relações de amizade parecem ser mais difíceis de compreender.

As motivações para que elas existam, além de seu formato, variam consideravelmente — e entender essa diversidade pode ajudar aqueles que anseiam por um melhor amigo.

Professora de psicologia de Universidade de Sussex, no Reino Unido, Rebecca Graber explica que, apesar dessas variações, na raiz da amizade há um componente essencial: a confiança.

“Entre melhores amigos, tende a haver intimidade, um sentimento de que a outra pessoa está ao seu lado, de que ela está segurando as pontas com você”, diz Graber. “É mais sobre a percepção do suporte do que realmente estar presente.”

Embora por muito tempo a amizade tenha sido entendida como tendo um origem cultural, cada vez mais pesquisas têm apontado para grandes vantagens evolutivas em formar laços tão próximos com os outros, explica Lydia Denworth, autora do livro Friendship: The Evolution, Biology and Extraordinary Power of Life’s Fundamental Bond (“Amizade: a evolução, biologia e o extraordinário poder do laço fundamental da vida”, em tradução livre).

“Tradicionalmente, pensamos na amizade como algo cultural, mas é mais profundo e fundamental que isso”, afirma a autora.

O que fazem as crianças

Encontrar e manter amigos é uma habilidade que pode levar algum tempo para ser desenvolvida.

Por volta dos quatro anos de idade, as crianças desenvolvem a compreensão de que outras pessoas podem ter pensamentos, interesses e sentimentos diferentes dos delas.

Essa nova habilidade, conhecida como “teoria da mente”, ajuda na formação de amizades, diz Eileen Kennedy-Moore, psicóloga clínica e autora do livro Growing Friendships: A Kids’ Guide to Making and Keep Friends (“Cultivando amizades: um guia das crianças para fazer e manter amigos”).

“Elas aprimoram a percepção da perspectiva de outra pessoa, e isso alimenta amizades mais íntimas.”

As crianças costumam ter uma visão pragmática da amizade, formando laços estreitos com aqueles que estão próximos, como no parquinho ou na sala de aula.

“O que as crianças têm como vantagem sobre os adultos é que ficam na mesma sala com outras 25 pessoas nesse estágio de vida”, diz a psicóloga. “Na idade adulta, é preciso um esforço deliberado para encontrar e cultivar amizades.”

De acordo com um estudo, os adultos costumam precisar de 50 horas juntos para fazer a passagem de “meros conhecidos” para “amigos casuais”; 90 horas para se considerarem amigos; e mais de 200 horas para se tornarem amigos íntimos que compartilham uma conexão emocional.

Já quando crianças, as amizades muito próximas ajudam na preparação para relacionamentos íntimos da vida adulta, inclusive os românticos.

“Ter melhores amigos é realmente como se apaixonar”, aponta Kennedy-Moore. “Amizades íntimas na infância ajudam as crianças a praticar as habilidades de que precisam em relacionamentos íntimos ao longo de suas vidas. Elas aprendem sobre outras pessoas e sobre si mesmas, a lidar com sentimentos como solidão, ciúme e frustração.”

Pais podem apoiar seus filhos na formação de amizades, organizando encontros divertidos fora da escola, por exemplo.

“As crianças geralmente fazem amigos se divertindo juntas, então você pode pensar nos interesses do seu filho e buscar atividades que se encaixam na personalidade dele e que podem ser realizadas com outras crianças”, aconselha Kennedy-Moore.

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https://www.osul.com.br/como-a-ciencia-explica-a-escolha-dos-amigos-pelas-criancas/ Como a ciência explica a escolha dos amigos pelas crianças 2021-12-26
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