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Política Como Tarcísio de Freitas tentou salvar Bolsonaro em depoimento ao Supremo sobre o golpe

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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, é testemunha de defesa do ex-presidente. (Foto: Igor do Vale/Gov-SP)

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou nessa sexta-feira (30) ao Supremo Tribunal Federal (STF) não ter tomado conhecimento de intenções golpistas por parte do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) após a eleição de 2022.

Tarcísio prestou depoimento à Corte como testemunha de defesa do ex-capitão. “Jamais [tive conhecimento de intenções golpistas]. Nunca. Assim como nunca tinha acontecido no meu período de ministério”, disse o governador. “Nesse período em que estive com o presidente nessa reta final, nas visitas que eu fiz, ele jamais tocou nesse assunto e não mencionou qualquer tipo de ruptura.”

Ele declarou ainda ter encontrado Bolsonaro “triste e resignado”. A Primeira Turma do STF ouviu nessa sexta-feira testemunhas indicadas exclusivamente pela defesa de Bolsonaro.

Segundo Tarcísio, Bolsonaro tinha uma preocupação de “que a coisa desandasse”, em referência a desafios como a pandemia da covid-19 (embora não tenha mencionado o negacionismo do ex-presidente), a crise hídrica e a guerra na Ucrânia.

Na oitiva, Tarcísio afirmou ter se encontrado com Bolsonaro em 15 e 19 de novembro e em 10, 14 e 15 de dezembro de 2022.

O advogado Celso Vilardi, representante de Bolsonaro, foi o único a dirigir perguntas ao governador. O ministro Alexandre de Moraes e o procurador-geral da República, Paulo Gonet, não o questionaram.

Bolsonaro é réu por cinco crimes na ação penal do golpe: organização criminosa armada, golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

A Polícia Federal concluiu que o ex-presidente planejou e exerceu um domínio direto sobre os atos de uma organização criminosa que buscava executar um golpe de Estado no Brasil em 2022.

Em relação a Bolsonaro, a PF sustenta que o golpe “não se consumou em razão de circunstâncias alheias à sua vontade”.

A avaliação dos investigadores é que o grupo, sob a liderança do ex-capitão, criou, desenvolveu e disseminou desinformação sobre o sistema eleitoral desde 2019, primeiro ano do governo anterior, a fim de incutir na sociedade a falsa impressão de fraude nas urnas.

Conspiração

Leia a conclusão da Polícia Federal sobre o papel de Bolsonaro na conspiração: “Os dados descritos corroboram todo o arcabouço probatório, demonstrando que o então presidente da República JAIR BOLSONARO efetivamente planejou, dirigiu e executou, de forma coordenada com os demais integrantes do grupo desde [pelo menos] o ano de 2019, atos concretos que objetivavam a abolição do Estado Democrático de Direito, com a sua permanência no cargo de presidente da República Federativa do Brasil, fato que não se consumou por circunstâncias alheias a sua vontade, dentre as quais, destaca-se a resistência dos comandantes da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro BAPTISTA JUNIOR, e do Exército, General FREIRE GOMES e da maioria do Alto Comando que permaneceram fiéis à defesa do Estado Democrático de Direito, não dando o suporte armado para que o então presidente da República consumasse o golpe de Estado”. As informações são da revista Carta Capital.

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