Por Flavio Pereira | 7 de outubro de 2025
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editoriais de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
“Este é um momento histórico, pelo que representará o hospital não apenas para a saúde do Estado, mas também para a economia do município e da região”, afirmou ontem o deputado estadual Professor Bonatto ao falar para o publico que lotou o auditório da Faculdade Centro Educacional Santa Isabel para assistir à audiência pública destinada esclarecer à comunidade sobre a proposta de Parceria Público-Privada para construção do Hospital Regional de Viamão, cujo investimento total pode chegar aos R$ 795 milhões.
A secretária da Saúde, Arita Bergmann, definiu o projeto como “realização de um sonho”. Também presente, o secretário de Parcerias e Concessões, Pedro Capeluppi, considerou o projeto do hospital regional “revolucionário”. Ambos destacaram o empenho do deputado Bonatto na viabilização da obra. A população que lotou o auditório interrompeu várias vezes com aplausos, à medida em que foram conhecidos detalhes do projeto.
A proposta, estruturada pelo Poder Executivo e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), projeta uma instituição de saúde referência em ortopedia, traumatologia, neurologia clínica, neurocirurgia e cirurgia geral, e que opere de maneira integrada com as demais unidades da rede pública. Durante a fase de consulta pública, que vai até 9 de outubro, a proposta de concessão e detalhes sobre o projeto do hospital de Viamão estarão disponíveis à população e representantes da sociedade civil. O cronograma previsto pelo governo gaúcho estabelece a assinatura do contrato de concessão para o segundo semestre de 2026 e o início das obras do novo hospital para os primeiros meses de 2027.
Anistia fiscal em Porto Alegre já rendeu R$ 50 milhões
O programa RecuperaPOA, anistia fiscal em vigência na Capital, está registrando números positivos. Já contabiliza R$ 50 milhões em negociações de dívidas no seu primeiro mês de vigência. Até a ultima sexta-feira (3), mais de 5,4 mil contribuintes aderiram à iniciativa. Desse total, R$ 12,7 milhões foram pagos à vista e o restante parcelado. O programa segue até 31 de outubro de 2025, oferecendo descontos de até 90% em juros e multas. Podem ser negociadas dívidas de IPTU, ISSQN, ITBI, taxas municipais e créditos não tributários, incluindo os do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU).
Covatti diz que MDB precisa ceder a cabeça da chapa para avançarem as negociações
O presidente estadual do Progressistas, Covatti Filho, que é pré-candidato ao governo do estado, sinalizou ontem que o partido aceita negociar uma aliança com o MDB para disputarem juntos o Palácio Piratini. A premissa, porém, é o MDB renunciar à cabeça de chapa, retirando por ora a pré-candidatura do atual vice-governador Gabriel Souza para uma reavaliação quando o processo eleitoral estiver mais consolidado. Os representantes do MDB gaúcho foram até a sede do diretório do PP para um diálogo sobre a sucessão estadual: o presidente estadual do MDB, deputado Vilmar Zanchin, o ex-senador José Fogaça e o atual prefeito de Campo Bom, Giovani Feltes. Hoje, MDB e PP integram a base do governo Eduardo Leite (PSD).
“Projeto Terra – Eu sou Cohab!” avança na região da Fronteira
O “Projeto Terra – Eu sou Cohab!”, lançado em setembro pelo Tribunal de Justiça do Estado, agora avança na região da fronteira. No último final de semana (sexta-feira e sábado), foram cerca de 890 atendimentos nas cidades de Bagé (403), Sant’Ana do Livramento (187) e Uruguaiana (300). Os trabalhos encaminham a regularização imobiliária a moradores de baixa renda de casas da extinta Companhia de Habitação do Estado do Rio Grande do Sul (COHAB/RS). Servidores da Corregedoria-Geral da Justiça do RS acompanharam os atendimentos para recolhimento, confecção e conferência dos documentos necessários ao procedimento. A intenção do projeto é beneficiar mais de 60 mil famílias em 12 municípios gaúchos.
Amcham Brasil vê diálogo Lula-Trump como passo para reequilibrar comércio após queda nas exportações
A propósito do diálogo Brasil-EUA esta coluna recebeu da Amcham Brasil a seguinte nota:
“Os dados da balança comercial entre Brasil e Estados Unidos referentes a setembro, divulgados hoje pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), indicam uma forte retração de 20,3% nas exportações brasileiras ao mercado americano e crescimento de 14,3% nas importações de produtos vindos dos EUA no período.
No acumulado de janeiro a setembro, as exportações brasileiras caíram 0,6%, enquanto as importações aumentaram 11,8%, ampliando o superávit comercial dos Estados Unidos em relação ao Brasil para US$ 5,1 bilhões.
O resultado reforça o impacto das sobretaxas impostas às exportações brasileiras, que têm gerado distorções na corrente de comércio e efeitos adversos para empresas e consumidores de ambos os países. Entre os setores mais afetados incluem-se siderurgia, alumínio, máquinas e equipamentos, madeira, químicos e manufaturados industriais em geral.
Nesse contexto, o diálogo entre os presidentes do Brasil e dos Estados Unidos, reforçado pelo telefonema ocorrido nesta segunda-feira (6 de outubro), representa um passo importante para a construção de soluções que mitiguem esses impactos.”
“O comércio Brasil–EUA é sustentado por uma ampla rede de empresas, investimentos e interesses mútuos. Esperamos que o diálogo entre os presidentes abra caminho para negociações que devolvam previsibilidade e permitam preservar e expandir o comércio e os investimentos bilaterais”, afirma Abrão Neto, presidente da Amcham Brasil.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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