Segunda-feira, 12 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 17 de janeiro de 2018
Daniel Cravinhos de Paula e Silva, condenado a 38 anos e 11 meses de prisão por matar os pais de Suzane von Richtofen, Manfred e Marísia, em outubro de 2002, foi libertado do presídio de Tremembé, no interior de São Paulo, para cumprir o resto da pena em liberdade. Ao todo, entre os regimes fechado e semiaberto, Daniel ficou 15 anos e três meses preso.
Ele era namorado de Suzane na época do crime e deixou o presídio por volta das 16h35min de terça-feira (16). O benefício, concedido pela 2ª Vara de Execuções Criminais de Taubaté, ocorreu por causa do bom comportamento e pela redução de pena obtida com dias de trabalho. Uma das funções que ele exerceu dentro do presídio, por exemplo, foi a confecção de cadeiras e mesas utilizadas em escolas públicas.
Em dezembro de 2014, Daniel Cravinhos se casou com a filha de uma agente penitenciária. Ele teria conhecido a mulher em novembro de 2012, quando ela foi ao presídio visitar o irmão, detido sob a suspeita de ter participado de um roubo. Daniel e o irmão, Christian Cravinhos, haviam sido condenados pela Justiça de São Paulo em 2006. Em agosto de 2017, Christian saiu da prisão após também ter sido beneficiado com o regime aberto por bom comportamento e trabalho.
Enquanto isso, Suzane, condenada a 39 anos sob a acusação de tramar o crime, continua na penitenciária feminina de Tremembé, no regime semiaberto. Por não estar no regime fechado, ela tem direito a cinco saídas temporárias da prisão durante o ano. Ela foi uma das 33.324 pessoas que saíram de prisões do Estado no fim de 2017, por exemplo. A assassina retornou para a cadeia na data estipulada, assim como 96% do total dos beneficiados.
Parecer
A defesa de Suzane von Richthofen, condenada a 39 anos de prisão pela morte dos pais, obteve parecer favorável para ela cumprir o restante da pena em liberdade. Apesar da decisão, o julgamento que pode dar liberdade à Suzane ainda não tem data marcada.
O exame criminológico foi solicitado pelo Ministério Público. Para análise da detenta, ela foi submetida à avaliação de uma junta médica. O exame foi concluído nesta semana e o processo segue em segredo de Justiça. Caso consiga o regime aberto, Suzane poderá sair da penitenciária de Tremembé, onde está presa há 12 anos.
Para conseguir o regime aberto, a defesa de Suzane alegou que ela já cumpriu o tempo mínimo previsto em lei e destacou o comportamento carcerário da sentenciada. A defesa de Suzane pleiteia o regime aberto na Justiça desde junho de 2017, quando ela recebeu uma proposta de trabalho em uma confecção localizada em Angatuba, São Paulo, onde vive o namorado, Rogério Olberg.
Desde 2015, Suzane cumpre a pena em regime semiaberto. Por isso, tem direito a saídas temporárias em cinco datas comemorativas, entre elas Dia das Mães, dos Pais e Natal. No aberto, ela poderá viver em liberdade, mas com endereço fixo e trabalho. Também deverá se apresentar perante a Justiça em datas agendadas.
Suzane foi condenada por planejar a morte dos pais, junto com o namorado da época, Daniel Cravinhos. Na noite de 31 de outubro de 2002, Suzane permitiu a entrada dos irmãos Cravinhos, que foram até o quarto do casal Richtofen e mataram os dois a pauladas.