Domingo, 13 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 26 de agosto de 2015
Pouco menos de três quartos dos brasileiros donos de smartphones vão a lojas e, mesmo em meio a carros ou sapatos, não tiram os olhos de… smartphones. Ao todo, 74% das pessoas que têm celulares inteligentes usam esses aparelhos dentro de estabelecimentos comerciais, segundo uma pesquisa do Google divulgada nessa terça-feira. E, mais do que fofocar em aplicativos de mensagem, 79% delas pesquisam mais sobre o produto a ser comprado.
Esse é um dos fenômenos da navegação brasileira na internet, que migra com mais intensidade dos computadores para smartphones. O levantamento aponta que, em 2015, dobraram os acessos a partir de aparelhos móveis, que já respondem por quase 30% das conexões.
“O brasileiro adora consultar preços”, afirma o presidente do Google no País, Fábio Coelho. “Hoje, o consumidor busca mais informação antes do momento da compra [de um automóvel, por exemplo].” Isso, por exemplo, reduz as visitas às concessionárias. Antes de o motorista sair dirigindo seu carro, eram quatro há três anos, mas neste ano passaram a 2,6 idas à loja. Esses são alguns dos resultados de uma pesquisa que o Google realizou entre junho e agosto, com 1,2 mil pessoas que possuíssem smartphone no País. O objetivo era entender o comportamento do brasileiro no mundo digital.
Mobilidade
Os números mostram que a população conectada cresceu, enquanto a de indivíduos “móveis” avançou em ritmo mais acelerado. Se em 2010 os internautas eram 82 milhões, em 2015 passaram a 117 milhões. Já a quantidade de donos de smartphone pulou de dez milhões para 93 milhões no mesmo período.
Com isso, a participação dos smartphones no acesso à internet cresceu 112% no período de um ano. Se em maio de 2015 os smartphones respondiam por 13,94% dos acessos a sites, buscas e outros serviços conectados, no mesmo mês deste ano passou a 29,51%.
“O que ocorreu não foi só uma mudança quantitativa, de quantas pessoas estão na internet, mas como elas estão”, comenta Coelho. Uma das principais conclusões da pesquisa é que a mobilidade criada pelos celulares tornam o brasileiro mais imediatista, aumenta suas expectativas e o torna mais leal às suas necessidades. Por isso, segundo o estudo, o tempo das visitas on-line caiu 9%, de quatro minutos e meio para próximo de quatro minutos. (AG)