Quarta-feira, 22 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 3 de agosto de 2018
Trabalhadores de determinadas áreas que estão desempregados conseguem se recolocar mais facilmente no mercado de trabalho. Uma pesquisa realizada pela ManpowerGroup revelou quais são as dez habilidades mais procuradas no País. No topo das buscas estão os representantes de venda, seguidos por motoristas e eletricistas, entre outros.
Mesmo com a necessidade da mão de obra, as qualificações exigidas pelos recrutadores mudaram muito nos últimos anos. Agora, realizar trabalhos mecânicos é responsabilidade dos computadores e, por isso, praticamente todo trabalhador tem que ter conhecimento em informática atualmente.
Além disso, as empresas também querem profissionais que, além de qualificados, saibam se relacionar com clientes, colegas e gestores. Para Wilma Dal Col, diretora do ManpowerGroup, os profissionais hoje são cobrados para ter um bom relacionamento interpessoal. “O diferencial está nas ideias que o profissional apresenta, na sua agilidade e na flexibilidade cognitiva”, afirma.
Veja os 10 profissionais mais buscados
1. Representante de vendas; 2. Motorista; 3. Eletricista, soldador e mecânico; 4. Técnico controlador de qualidade; 5. Contabilidade e finanças; 6. Profissional de saúde; 7. Técnico em tecnologia da informação
8. Suporte administrativo; 9. Operador de máquina; 10. Engenheiros eletricista, químico, civil e mecânico.
Para se destacar, é preciso desenvolver habilidades que estão ligadas à atitude e à curiosidade do profissional. Estudar tendências de comportamento e estar por dentro das pautas discutidas na sociedade também são qualidades reconhecidas.
Wilma alerta que, além do profissional, as empresas também precisam agir. “Treinar os funcionários —tanto novos quanto antigos — é um bom começo.” Ao redor do mundo, a falta de profissionais capacitados para o mercado de trabalho atingiu o maior nível em 12 anos. No Brasil, o mesmo problema
atinge 34% das empresas.
Principais motivos para não contratar: candidatos sem as habilidades técnicas exigidas; falta de experiência; candidatos sem habilidades interpessoais; candidatos que esperam salário maior do que o oferecido; candidatos que esperam benefícios melhores.
Indústria
Uma pesquisa divulgada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) mostrou que o faturamento da indústria e as horas trabalhadas na produção, assim como o emprego industrial, registraram crescimento no primeiro semestre de 2018, algo que não acontecia há quatro anos nesse período. A entidade destacou, entretanto, que o ritmo de crescimento ainda não compensou perdas com a recessão dos últimos anos.
Com a recuperação da economia em ritmo mais lento do que o esperado, desemprego ainda elevado e confiança dos empresários ainda baixa diante das incertezas em relação às eleições, a expectativa dos analistas é de uma trajetória de crescimento gradual e moderado da indústria.
O Boletim Focus mais recente do Banco Central, que ouve cerca de cem economistas semanalmente, mostrou que as expectativas para o crescimento da economia para este ano estão em 1,50%, metade do que era esperado alguns meses antes. O próprio governo federal reduziu recentemente a sua previsão de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) para este ano de 2,5% para 1,6%. Até maio, estava em 2,97%.