Por Redação O Sul | 28 de novembro de 2015
O Instituto Evandro Chagas confirmou na manhã dessa sexta-feira, durante coletiva na sede da instituição em Belém (Pará), o primeiro óbito por zika vírus, uma doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, no Brasil. A vítima foi um homem que morava no Estado do Maranhão. Segundo especialistas, o paciente tinha lúpus, doença que afeta o sistema imunológico, e por isso não resistiu. O instituto notificou o Ministério da Saúde.
Atualmente, os casos de zika na Região Nordeste do País chamaram a atenção da pasta, pois muitas mulheres grávidas que contraíram a doença tiveram filhos com microcefalia. De acordo com os especialistas em arbovirologia Pedro Fernando Vasconcelos, Suely Guerreiro Rodrigues e Socorro Azevedo, a morte ocorreu em junho e a amostra chegou no mês de julho ao instituto, que é referência nacional em febres hemorrágicas. O diagnóstico só foi divulgado agora devido à dificuldade de isolar o vírus do sangue para chegar a uma conclusão.
Casos
Dados da Secretaria Municipal de Saúde de Belém informam que em 2015 já foram notificados 247 casos de zika vírus. Em 26, o diagnóstico foi confirmado na capital paraense. Três pessoas de uma mesma família apresentaram sintomas do zika. Além delas, na mesma rua em que moram, no conjunto Cordeiro de Farias, bairro do Tapanã, dois vizinhos apresentam os mesmos sintomas: febre e dores pelo corpo.
A doença é transmitida pela picada dos mosquitos da família “aedes”, a mesma que transmite dengue e febre chikungunya. A prevenção é evitar lixo acumulado e não deixar água parada.
