Segunda-feira, 05 de maio de 2025

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Geral Conflito interno emperra as investigações na Operação Lava-Jato em São Paulo

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A força-tarefa da Lava Jato de São Paulo sofreu uma debandada. (Foto: Reprodução)

Um embate no MPF (Ministério Público Federal) ameaça investigações em andamento há três anos na Operação Lava-Jato de São Paulo, que apura suspeitas de corrupção envolvendo líderes do PSDB e os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Michel Temer.

Divergência internas levaram a um pedido de demissão coletiva de oito procuradores. Os integrantes da força-tarefa se insurgiram contra a chefe do grupo, Viviane Oliveira Martinez, titular do 5º Ofício da Procuradoria da República em São Paulo. Os colegas acusam Viviane de atuar contra investigações sobre políticos, impedir abertura de inquéritos e coibir novas delações.

Viviane não tem se manifestado sobre o caso e disse que ainda não teve acesso aos documentos oficiais sobre a debandada da equipe. A assessoria da procuradora informou que ela aguarda a conclusão de uma sindicância da corregedoria do MPF que apura supostas irregularidades na distribuição dos inquéritos aos membros da força-tarefa.

Em carta ao Conselho Superior do MPF, os procuradores relatam que Viviane pediu o adiamento de uma operação que atingiu o ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB). O tucano é acusado de receber propinas da Odebrecht por obras viárias no período em que era governador do Estado – ele nega as acusações. A operação foi mantida, Serra foi denunciado, mas o processo foi suspenso pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Ela argumentou que seria mais prudente esperar a possível criação da Unidade Nacional Anticorrupção (Unac), defendida por Aras e que centralizaria informações de todas as forças-tarefa. O pedido de desligamento foi assinado pelos procuradores Guilherme Rocha Göpfert, Thiago Lacerda Nobre, Paloma Alves Ramos, Marília Soares Ferreira Iftim, Paulo Sérgio Ferreira Filho, Yuri Corrêa da Luz e Janice Agostinho Barreto Ascari.

Na justificativa da renúncia encaminhada na quarta-feira ao CNMP, os procuradores afirmaram que, em uma reunião realizada em abril, Viviane passou a oferecer “resistência ao aprofundamento de investigações em curso, argumentando que lhes faltaria uma conexão processual forte”. Após o encontro, segundo a versão dos procuradores, ela teria enviado um e-mail com duas propostas que “implicavam, na prática, uma forte redução dos casos sob sua responsabilidade”.

Entre as forças-tarefas, a da Lava-Jato paulista é a que tem os resultados mais tímidos. Desde 2017, nove denúncias foram apresentadas, e seis operações saíram às ruas. Os trabalhos sempre esbarraram na falta de estrutura, no baixo efetivo de procuradores e em mudanças constantes na equipe, além da falta de um juízo único que pudesse agilizar os processos.

Este ano, quando a operação ensaiava uma decolagem, decisões judiciais do STF barraram investigações. Agora, um conflito interno coloca em suspenso a continuidades das apurações. As informações são dos jornais O Globo e O Estado de S. Paulo.

 

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https://www.osul.com.br/conflito-interno-emperra-as-investigacoes-na-operacao-lava-jato-em-sao-paulo/ Conflito interno emperra as investigações na Operação Lava-Jato em São Paulo 2020-09-07
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