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Política Confusão na CPMI: Senador Marco Feliciano acusa outro senador de ter cuspido nele; presidente da Comissão pede vídeo

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Após acusação de Feliciano, presidente da CPMI pediu imagens da sessão. (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)

O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Extremistas, deputado Arthur Maia (União-BA), pediu à secretaria da comissão que seja feita perícia nas imagens da sessão dessa terça-feira (8), destinada ao depoimento do ex-ministro Anderson Torres.

A medida foi tomada após o deputado Marco Feliciano (PL-SP) ter acusado o senador Rogério Carvalho (PT-SE) de ter cuspido nele.

O senador negou ter cuspido em Feliciano. Disse também que, se eventualmente cuspiu no deputado, foi sem querer e durante o discurso na sessão.

Inicialmente, o pedido de perícia havia sido feito pelo deputado Abilio Brunini (PL-MT), que não integra a CPMI. Arthur Maia respondeu a ele que, como não estava presente à sessão durante o episódio, não poderia fazer o pedido. Feliciano, então, se dirigiu a Maia e disse que ele, sim, fazia questão da perícia.

Diante do pedido, Maia anunciou a decisão.

“Solicito […] que seja periciada a fita que foi desse entrevero que aconteceu na parte da manhã entre o senador Rogério Carvalho e o deputado Marco Feliciano”, anunciou Maia.

Arthur Maia chegou a dizer a Feliciano que tinha “certeza” que Rogério Carvalho não havia cuspido propositalmente, mas que, como o deputado insistia no pedido de perícia, o presidente da CPI tomaria a medida.

“Todo mundo viu aqui que não houve nenhuma intenção”, argumentou Maia a Feliciano.

“Se é um de nós, estamos perdidos”, respondeu Feliciano.

“Tenho certeza absoluta que o senador não fez nada de propósito, não cuspiu. Pode até ter falado, todos nós na hora da discussão cometemos desinteligências na fala, mas tenho certeza que não foi o propósito do senador cuspir em vossa excelência”, respondeu mais uma vez Arthur Maia.

Depoimento

O ex-secretário de Segurança do Distrito Federal prestou depoimento nessa terça-feira (8) à CPMI. Anderson Torres defendeu o plano de ação dele para o dia dos ataques.

Anderson Torres chegou para depor usando tornozeleira eletrônica – medida cautelar a que está submetido após ficar quatro meses preso e de passar a cumprir recolhimento noturno por decisão do ministro Alexandre de Moraes.

O ex-ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro é investigado pelo Supremo Tribunal Federal por suposta omissão nos atos golpistas do dia 8 de janeiro. Ele era secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, mas viajou para os Estados Unidos dois dias antes dos ataques às sedes dos Três Poderes.

No discurso inicial, Torres falou sobre a minuta de decreto de golpe encontrada na casa dele pela Polícia Federal no dia 10 de janeiro. O texto previa a instauração de um Estado de Defesa no Tribunal Superior Eleitoral, o que contraria a democracia e a Constituição. A intenção era alterar o resultado das eleições de 2022. Anderson Torres chamou o documento de uma “aberração” sem validade jurídica. Torres não esclareceu quem escreveu nem quem teria lhe entregado a minuta.

“No dia 10 de janeiro, durante uma busca e apreensão em minha casa, a polícia encontrou um texto apócrifo, sem data, uma fantasiosa minuta, que vai para a coleção de absurdos que constantemente chegam aos detentores de cargos públicos. Uma verdadeira aberração jurídica. Esse papel não foi para o lixo por mero descuido. Não sei quem entregou esse documento apócrifo e desconheço as circunstâncias em que foi produzido. Sequer cogitei encaminhar ou mostrar para alguém”, afirmou Anderson Torres.

Ao falar sobre o 8 de janeiro, Torres buscou se eximir de responsabilidade e negou saber da gravidade da manifestação programada para Brasília e que, por isso, viajou de férias.

“Eu jamais ia imaginar que aquilo ia acontecer, que aquilo ia virar, de novo, e se tornar o 8 de janeiro. Quando eu viajei, não havia informação de inteligência”, disse.

Mas, antes de viajar para os Estados Unidos, Anderson Torres definiu, com outros órgãos públicos, um planejamento estratégico de segurança para a Praça dos Três Poderes, diante de alertas sobre a possibilidade de ataques violentos na capital. Para esse encontro não foram convidados o Gabinete de Segurança Institucional e o Comando Militar do Planalto, responsáveis pela proteção do Palácio do Planalto.

Além do plano estratégico, documentos produzidos e encaminhados por órgãos de inteligência mostraram que, dias antes do 8 de janeiro, já havia a convocação para atos violentos, com frases defendendo a tomada do poder. Na semana passada, o ex-diretor adjunto da Abin Saulo Moura da Cunha afirmou que a agência produziu, ao menos, 33 alertas de inteligência sobre os atos.

Durante o depoimento, Anderson Torres afirmou ainda que forças de segurança – como a Polícia Militar do Distrito Federal, subordinada a ele – não seguiram o planejamento.

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