Quarta-feira, 30 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 3 de outubro de 2016
Quando pensamos na Califórnia, logo vem à nossa mente um lugar com um extenso litoral, em que o sol brilha intensamente durante todo o ano. Uma região que abriga metrópoles como Los Angeles e San Francisco, além do Vale do Silício e, claro, Hollywood. O que poucos sabem é que o Estado tem uma cidade onde “descansam em paz” mais mortos do que residem habitantes vivos.
Em Colma, vivem 1.700 pessoas, ao passo que os cemitérios locais abrigam 1,5 milhão de mortos. Isso mesmo: há quase mil pessoas enterradas para cada morador na pequena cidade.
A proporção mortos/vivos na cidade, de fato, é incomum e salta aos olhos de qualquer um. Mas o que explica isso? Para começar, é preciso deixar claro que a grande maioria dos mortos que “habitam” os cemitérios de Colma jamais puserem, em vida, os pés na localidade, tendo nascido, vivido e morrido na vizinha San Francisco.
No começo do século 20, San Francisco era uma cidade assolada pela morte. Durante a chamada “corrida pelo ouro”, garimpeiros, comerciantes e imigrantes de todo o mundo se fixaram na cidade buscando uma vida melhor. Junto com eles, no entanto, vieram doenças que, somadas à condição precária de trabalho nas minas, fizeram com que os 27 cemitérios locais ficassem lotados.
Além da questão sanitária, o grande número de cemitérios na cidade também esbarrava na questão imobiliária, já que enormes áreas que poderiam ser ocupadas por novas habitações estavam sendo destinada a cemitérios.
Assim, em 1902, o poder local proibiu novos sepultamentos na cidade, removendo enormes cemitérios, com todos seus defuntos, para as localidades vizinhas.