Segunda-feira, 05 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 20 de maio de 2016
O Google anunciou um aplicativo de mensagens baseado no número do celular do usuário, mesma técnica de autenticação empregada pelo mais popular mensageiro do mundo, o WhatsApp. Allo, como é chamado, é integrado ao buscador da empresa e será lançado entre junho e setembro deste ano.
Segundo a empresa, a ideia é simplificar a comunicação e reduzir a digitação do usuário. Para isso, usa inteligência artificial.
O aplicativo sugere respostas a mensagens automaticamente, algo semelhante ao que fazem os teclados “inteligentes” de smartphones, como o SwiftKey, e um dos apps de e-mail do Google, o Inbox.
Além de interpretar texto, o Allo é capaz de decifrar o que é recebido em outros formatos, como emojis ou fotografias – o que deve causar questionamentos de defensores da privacidade na internet.
Há integração com a ferramenta de pesquisa da empresa: nas mensagens, é possível embutir resultados de buscas e “bater-papo” com o assistente virtual Google Now – assim, os usuários evocam a máquina para dentro de sua conversa a fim de, por exemplo, comprar ingressos para o cinema ou fazer uma reserva em um restaurante.
No mensageiro, é possível entrar em um modo “anônimo”, chamado incógnito, que é criptografado e permite que o usuário escolha que as mensagens sejam destruídas após a leitura – algo tornado popular pelo Snapchat.
Aplicativo para videotransmissões.
Allo, em contraste com o atual app de mensagens do Google, o Hangouts (antigo GTalk), não oferece videochamadas como uma de suas ferramentas, o que é deixado para um segundo app, intitulado Duo.
O Duo será o novo concorrente do FaceTime, também do Facebook. O aplicativo inclui uma função chamada “knock knock” (“toc toc”), que permite que a pessoa que recebe uma ligação por vídeo veja em tempo real a pessoa que está ligando antes de atender.
“Nós estamos obcecados com cada último detalhe das videotransmissões”, afirmou Erik Kay, gerente de produtos do Google ao apresentá-los. “O Duo funciona onde estiver, seja em Nova York [EUA] ou Nova Déli [Índia], Buenos Aires [Argentina] ou Butte [EUA], em casa ou na estrada.”
Os dois aplicativos serão compatíveis com o sistema operacional Android, desenvolvido pelo Google e usado por muitos fabricantes de smartphones no mundo, e com o iOS, a plataforma da concorrente Apple.
O movimento vai ao encontro dos argumentos apresentados no fim do ano passado por Sundar Pichai, presidente-executivo do Google, desde o “spin-off” da empresa e a criação de uma controladora chamada Alphabet, no ano passado. Além do esforço na frente social, integra o aspecto de inteligência artificial.
Os anúncios foram feitos durante a conferência para programadores Google I/O, realizada nas cercanias do Googleplex, no Vale do Silício (EUA).